Principais bases militares da OTAN estão ao alcance do míssil hipersônico Oreshnik
Novo armamento russo altera o equilíbrio estratégico na Europa, colocando em risco importantes instalações militares da OTAN
247 – Em reportagem publicada pela Sputnik International neste sábado (23), detalhes sobre o míssil hipersônico Oreshnik, recentemente anunciado pela Rússia, levantaram preocupações sobre a segurança de bases estratégicas da OTAN em toda a Europa. O presidente Vladimir Putin, ao apresentar o sistema, declarou que Moscou "reserva-se o direito de usar nossas armas contra instalações militares de países que permitirem o uso de suas armas contra nossas instalações".
O Oreshnik, uma arma hipersônica de médio alcance, tem velocidade de voo de 2,5 a 3 km/s e um alcance operacional de até 5.500 km, além de ser equipado com múltiplos veículos de reentrada independentes (MIRVs). Durante um teste realizado na última quinta-feira (21), o míssil percorreu cerca de 1.000 km, atingindo um alvo militar-industrial na cidade ucraniana de Dnepropetrovsk, após ser lançado da região russa de Astrakhan.
Instalações da OTAN em risco
A Sputnik destacou que o novo míssil russo coloca em perigo diversas bases militares estratégicas da OTAN, distribuídas por regiões como Europa Ocidental, Oriental e do Norte. Entre as instalações mencionadas estão:
- Polônia: Base Aérea de Lask, com destacamento permanente da Força Aérea dos EUA, e locais como Poznan e Zagan, que abrigam arsenais e unidades avançadas do Exército dos EUA.
- Romênia: A base de Deveselu, um dos locais do sistema de defesa antimísseis Aegis Ashore, e a base de Mihail Kogalniceanu, considerada essencial para operações da OTAN no Mar Negro.
- Alemanha: Ramstein Air Base, a maior base aérea dos EUA na Europa, e outras instalações críticas como o Garrison Stuttgart, que hospeda comandos estratégicos das forças norte-americanas.
- Itália: A base aérea de Aviano, que armazena armas nucleares americanas, e instalações como Sigonella e Nápoles, essenciais para operações no Mediterrâneo.
Equilíbrio estratégico e tensões crescentes
A apresentação do Oreshnik ocorre em um momento de alta tensão entre a Rússia e a OTAN. Segundo analistas ouvidos pela Sputnik, o míssil representa uma mudança significativa no equilíbrio militar europeu, especialmente devido à dificuldade das defesas antimísseis da OTAN em interceptar projéteis hipersônicos.
"O Oreshnik foi projetado para penetrar sistemas de defesa avançados. Isso coloca todas as bases listadas dentro do alcance de ataques rápidos e precisos", apontou o relatório.
O uso de armamentos hipersônicos vem se consolidando como um fator decisivo na corrida armamentista contemporânea. Com o Oreshnik, a Rússia reafirma sua posição como potência militar global, enquanto desafia diretamente a segurança de seus vizinhos e de aliados da OTAN.
A escalada de declarações e ações entre Rússia e OTAN aumenta o risco de um confronto mais direto, que pode ter implicações globais. Em meio a esse cenário, as potências ocidentais buscam reforçar suas defesas e ampliar a presença militar em regiões estratégicas. Contudo, o desafio de lidar com tecnologias como o Oreshnik permanece uma questão em aberto.
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