Promotores acreditam que segredos de inteligência podem estar nos destroços de superiate naufragado na Itália

247 - As autoridades italianas reforçaram a segurança ao redor dos destroços do superiate Bayesian, que naufragou na costa da Sicília no mês passado, matando sete pessoas. Promotores suspeitam que a embarcação possa conter informações confidenciais ligadas a serviços de inteligência de diversos governos ocidentais. A preocupação aumentou após múltiplas fontes, incluindo especialistas em cibersegurança, indicarem que cofres a bordo do iate podem guardar dados temporários e senhas de governos, o que poderia atrair a atenção de autoridades estrangeiras, destaca o jornal O Globo.

A embarcação pertencia à esposa do bilionário da tecnologia Mike Lynch, uma das vítimas do acidente. Lynch, conhecido por suas ligações com serviços de inteligência britânicos e americanos, era o fundador da empresa de segurança cibernética Darktrace, vendida recentemente para o grupo Thoma Bravo. Fontes ligadas à investigação afirmam que o bilionário costumava armazenar dados sigilosos em discos rígidos supercriptografados dentro do iate, por não confiar em serviços de armazenamento em nuvem.

Com a descoberta de possíveis informações sensíveis a bordo, as autoridades italianas solicitaram vigilância subaquática e reforço da segurança no local do naufrágio. Mergulhadores e promotores estão coordenando os esforços para garantir que os destroços, que se encontram a uma profundidade significativa, sejam devidamente protegidos até que o iate possa ser recuperado. O acidente ocorreu após o superiate, uma embarcação de luxo com bandeira britânica, ser atingido por uma violenta tempestade enquanto estava ancorado no porto de Porticello.