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    Promotores dos EUA recomendam que Departamento de Justiça acuse a Boeing de fraude

    Promotores recomendaram acusações de fraude contra a montadora por causa de dois acidentes envolvendo aviões 737 Max, em 2018 e 2019, que mataram 346 pessoas

    Avião da Boeing (Foto: REUTERS/Peter Cziborra)

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    Sputnik - Promotores dos EUA recomendaram que o Departamento de Justiça (DoJ, na sigla em inglês) do país apresente acusações de fraude contra a montadora norte-americana Boeing por causa de dois acidentes fatais envolvendo aviões 737 Max em 2018 e 2019 que mataram 346 pessoas, informou na segunda-feira (24) a agência britânica Reuters, citando fontes.

    Em maio de 2024, o DoJ apresentou uma queixa no tribunal federal do Texas alegando que a Boeing violou o acordo que permitia que a empresa evitasse um processo criminal. De acordo com a carta, a Boeing não fez as mudanças prometidas para detectar e evitar violações das leis federais antifraude.

    Segundo a Reuters, não há garantia de que o departamento apresentará acusações contra a Boeing, pois as discussões sobre uma possível resolução da investigação estão em andamento e ainda não há uma decisão final sobre o assunto.

    As fontes não especificaram as acusações criminais que o departamento está considerando, mas uma fonte revelou que elas poderiam ir além da acusação original de fraude. O departamento poderia propor a assinatura de um novo acordo com condições mais rigorosas, que poderiam incluir penalidades financeiras e a nomeação de um monitor de conformidade para a empresa. Além disso, as autoridades poderiam exigir que a Boeing admita sua violação, declarando-se culpada.

    Enquanto isso, uma das fontes disse que a empresa pode estar disposta a pagar uma multa e aceitar um monitor, mas sem admitir a culpa, pois isso poderia levar a restrições nos negócios da empresa, que deverão reduzir as receitas do fabricante, considerando seus contratos com o governo e as Forças Armadas dos EUA. No entanto, a condenação por acusações criminais também terá consequências negativas para o futuro da empresa.

    O DoJ deve agora decidir até 7 de julho se processará ou não a empresa.

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