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Protestos pró-palestinos pairam sobre primeiro dia da convenção democrata

Manifestantes pró-palestinos têm protestado há meses contra o apoio militar e financeiro do governo dos EUA a Israel

Policiais ficam perto de ativistas em marcha enquanto eles agitam bandeiras palestinas antes da Convenção Nacional Democrata (DNC), em Chicago 18/08/2024 (Foto: REUTERS/Adrees Latif)

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(Reuters) - Espera-se que dezenas de milhares de manifestantes pró-palestinos se reúnam no lado de fora da Convenção Nacional Democrata em seu dia de abertura, nesta segunda-feira, para criticar a posição do governo do presidente Joe Biden em relação a Israel, que trava uma guerra em Gaza.

Uma passeata de uma milha deve ser realizada nos arredores da arena da convenção, horas antes de o presidente norte-americano, Joe Biden, discursar no encontro em que os delegados democratas nomearão publicamente a vice-presidente Kamala Harris como candidata à Presidência.

Os organizadores continuavam a negociar com as autoridades nesta segunda-feira sobre a extensão da rota da passeata para que todos os manifestantes possam ter a chance de participar, disse Hatem Abudayyeh, porta-voz dos organizadores, que envolvem mais de 200 grupos.

Os organizadores disseram à Reuters na semana passada que muitas pessoas viriam das comunidades palestinas e árabes de Illinois e dos Estados vizinhos. A coalizão organizadora também inclui grupos que defendem uma série de causas, como direitos reprodutivos e justiça racial.

Abudayyeh disse que aguarda dezenas de milhares de manifestantes no evento marcado para 15h (horário de Brasília). O grupo tem sua própria segurança, e ele não espera que haja violência por parte dos manifestantes, em meio à forte presença da polícia e do Serviço Secreto dos EUA em torno do perímetro de segurança.

Os manifestantes querem que a polícia não infrinja seus direitos de liberdade de expressão, disse.

"Essa é a única responsabilidade deles. Não precisamos que eles nos mantenham seguros. Não precisamos que eles nos protejam, apenas que não infrinjam nossos direitos", disse Abudayyeh na manhã desta segunda-feira.

Outro grande protesto está programado para quinta-feira, quando Kamala deve aceitar a indicação.

Manifestantes pró-palestinos têm protestado há meses contra o apoio militar e financeiro do governo Biden a Israel durante sua guerra contra o Hamas, que matou mais de 40.000 palestinos em Gaza, de acordo com autoridades de saúde de Gaza. Israel lançou a ofensiva depois de ter sido atacado em 7 de outubro por militantes do Hamas, que mataram 1.200 pessoas, de acordo com os registros de Israel.

Os protestos aumentaram nos campus universitários dos EUA na última primavera do hemisfério norte.

Protestos dispersos já haviam começado no domingo em um centro de Chicago relativamente vazio.

Na noite de domingo, um grupo de cerca de 1.000 manifestantes pró-palestinos marchou pelo centro de Chicago.

"Os democratas são os que estão no poder", disse Abudayyeh nesta segunda-feira. "Esta é a guerra deles. Eles são responsáveis por ela, são cúmplices e podem impedi-la."

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