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Scott Ritter: as graves falhas da ofensiva ucraniana expõem fraquezas militares e liderança de Kiev

O especialista militar Scott Ritter comenta o fracasso da ofensiva ucraniana em Kursk, destacando a falta de estratégia eficaz do governo Zelensky

Scott Ritter (Foto: Reprodução Youtube)

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247 – Em entrevista concedida neste domingo, o ex-oficial de inteligência do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos, Scott Ritter, fez duras críticas à estratégia militar da Ucrânia na guerra contra a Rússia, em particular à ofensiva em Kursk. Ritter, que tem se tornado uma voz constante no debate sobre o conflito, argumentou que Kiev cometeu erros de cálculo graves, subestimando a capacidade militar da Rússia e sacrificando milhares de soldados em uma tentativa mal planejada de avançar em território russo.

"Desde o início, essa ofensiva foi um grande erro de cálculo", afirmou Ritter, que destacou o fracasso da estratégia ucraniana ao tentar pressionar as forças russas na região de Kursk. "A Ucrânia jogou entre 20.000 e 30.000 soldados em uma verdadeira máquina de moer carne, sem um plano viável e com enormes perdas: mais de 11.000 soldados mortos e centenas de tanques e veículos blindados destruídos."

O ex-oficial argumenta que o erro fundamental da Ucrânia foi acreditar que, com o apoio ocidental, poderia romper as linhas de defesa russas. "É quase risível quando você pensa nisso. A Ucrânia, com o apoio entusiasta do Ocidente, acreditou que poderia superar as defesas russas, mas acabou caminhando direto para uma armadilha."

Segundo Ritter, a ofensiva de Kursk é emblemática da arrogância e do desprezo pela vida dos próprios soldados ucranianos. Para ele, o governo ucraniano, liderado por Volodymyr Zelensky, colocou em risco o futuro de suas forças armadas ao concentrar seus esforços em uma ofensiva fadada ao fracasso. "A ofensiva foi um desastre de cálculo que terá consequências de longo prazo para o esforço de guerra ucraniano", afirmou o especialista.

Um dos pontos destacados por Ritter foi a reação russa, que, de acordo com ele, foi bem coordenada e estratégica. A Rússia, segundo o especialista, realizou ataques precisos e reforçou suas posições com tropas experientes, o que resultou em um enfraquecimento substancial das forças ucranianas. "Enquanto a Ucrânia acreditava que poderia forçar uma retirada russa, Moscou reforçou suas posições com tropas veteranas e bloqueou completamente a região", ressaltou.

Ritter também apontou para um erro estratégico ainda mais profundo: a retirada de forças ucranianas de outras frentes importantes para apoiar a ofensiva de Kursk, o que, segundo ele, comprometeu seriamente a capacidade de defesa em outras regiões. "É o clássico erro de colocar todos os ovos em uma única cesta, e agora Kiev está pagando o preço por isso."

Além disso, o especialista destacou o papel crucial da superioridade tecnológica russa, especialmente em drones e artilharia de longo alcance, como uma das chaves para o sucesso russo. "Os drones russos transformaram o campo de batalha em uma armadilha mortal. Eles estão destruindo qualquer coisa que se mova do lado ucraniano, com uma precisão impressionante."

Enquanto isso, Ritter observa que o Ocidente continua a manter uma visão ilusória do que realmente está acontecendo no conflito. "Observadores militares ocidentais, mesmo diante dessa carnificina, continuam presos à fantasia de que a ofensiva ucraniana faz parte de um grande plano. Mas a realidade é que a Ucrânia está sofrendo perdas inimagináveis e o plano de Kiev está em colapso", concluiu.

Ao longo da entrevista, Scott Ritter deixou claro que, na sua visão, a Ucrânia enfrenta uma crise existencial em seu esforço de guerra e que a liderança de Zelensky está sob crescente pressão. A incapacidade de manter as linhas de frente no leste, juntamente com a perda de posições estratégicas, coloca em xeque o futuro da Ucrânia no conflito.

Em suma, a análise de Ritter aponta para um cenário em que o fracasso da ofensiva de Kursk não apenas expôs as fraquezas táticas e estratégicas da Ucrânia, mas também levantou dúvidas sobre a capacidade do país de continuar resistindo às forças russas, que parecem cada vez mais fortalecidas e preparadas para um longo conflito. Confira:

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