Senado dos EUA aprova extensão do financiamento do governo até março de 2025 e evita paralisação federal
Projeto não inclui a suspensão do limite da dívida, mas prevê cerca de US$ 100 bilhões em assistência para desastres e uma extensão do programa agrícola
247 - O Senado dos Estados Unidos aprovou por ampla maioria, na manhã deste sábado (21), um projeto de lei que estende o financiamento do governo federal até 14 de março de 2025, evitando a paralisação das operações federais. A votação, segundo a CNN, foi concluída com 85 votos a favor e 11 contra.
A decisão ocorreu após uma madrugada de negociações no Congresso, marcada pela retirada de uma demanda do presidente eleito Donald Trump sobre o limite da dívida nacional. Apesar de garantir a continuidade do financiamento governamental, o projeto não inclui a suspensão do limite da dívida, mas prevê cerca de US$ 100 bilhões em assistência para desastres e uma extensão do programa agrícola.
Ainda de acordo com a reportagem, o presidente Joe Biden já indicou que sancionará o projeto ainda hoje. A aprovação é vista como uma vitória para a nova liderança republicana da Câmara, liderada por Mike Johnson, que conseguiu construir apoio bipartidário para o projeto de lei provisório. A Câmara havia aprovado o texto na sexta-feira (20), com uma maioria de 366 votos favoráveis contra 34 contrários.
Johnson revelou que manteve contato com Donald Trump durante as negociações e afirmou que o ele teria ficado satisfeito com o resultado. "Falei com Trump há cerca de 45 minutos. Ele sabia exatamente o que estávamos fazendo e considero este um bom resultado para o país", declarou Johnson após a aprovação.
Ainda na sexta-feira à noite, o Senado aprovou por unanimidade o Gabriella Miller Kids First Research Act 2.0, reautorizando até 2028 um programa de pesquisa sobre câncer pediátrico conduzido pelo National Institutes of Health (NIH). A provisão havia sido retirada do pacote de financiamento após pressão de Trump por um texto mais "limpo" e sem medidas adicionais.
Os republicanos da Câmara, porém, culparam os democratas do Senado pela demora na tramitação do programa, que havia sido aprovado pela Câmara ainda em março.
A exclusão de uma suspensão do limite da dívida reflete o cenário de polarização política no Congresso. Líderes republicanos optaram por atender às demandas de curto prazo e evitar embates prolongados que poderiam prejudicar a governança.
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