Tesla sob pressão: 90 lojas enfrentam protestos nos EUA e concessionária da empresa de Musk é atacada na França (vídeo)
Norte-americanos criticaram a proposta de redução da força de trabalho defendida pelo bilionário. Já os franceses são contra a guerra comercial de Trump
247 - Empresa do bilionário de extrema-direita Elon Musk, a Tesla enfrenta protestos nos Estados Unidos e na França. Pelo menos 90 lojas e estações de carregamento da montadora foram alvos de manifestações no último sábado (1º) no território norte-americano. Nesta terça-feira (4), uma concessionária foi atacada e teve 12 carros queimados em um incêndio no país europeu.
Manifestantes norte-americanos criticaram medidas defendidas pelo dono da Tesla, Elon Musk, para reduzir a força de trabalho do governo federal, em nome do governo trumpista. Já os franceses fizeram atos contra ameaças feitas por Trump, que pode aumentar as tarifas sobre produtos da União Europeia que são exportados para os EUA.
Pelo menos nove pessoas foram presas fora de um showroom da Tesla em Nova York, em um protesto que reuniu cerca de 300 pessoas, conforme apontou a agência Associated Press. Houve atos em showrooms da Tesla em cidades norte-americanas como Nova York, Boston, San Francisco e Tucson.
Na França, 12 veículos foram incendiados na noite de domingo (2) nas imediações de Toulouse, no sul do país, em uma ação intencional, segundo a promotoria de Toulouse. Nesta terça-feira (4), um grupo anarquista reivindicou a autoria do incêndio. O grupo postou uma mensagem em uma plataforma sob o título "Saudação incendiária à Tesla".
"Incendiamos veículos dentro das instalações com a ajuda de dois galões de gasolina", informou o grupo no site Iaata.info (Informações Antiautoritárias de Toulouse e Arredores). "Enquanto as elites multiplicam as saudações nazistas, decidimos saudar uma concessionária Tesla à nossa maneira", escreveram os autores.
Contexto
No mês passado, o governo de Trump enviou e-mails aos funcionários do governo federal dos EUA, pedindo que detalhassem suas realizações profissionais ou poderiam perder seus empregos.
Os e-mails foram enviados após Elon Musk, chefe do Departamento de Eficiência Governamental da administração Trump, publicar no site de mídia social X que não responder à solicitação do e-mail seria interpretado como uma demissão.
Musk publicou seu post poucas horas depois que Trump publicou em sua própria rede de mídia social, Truth Social, que o DOGE (Departamento de Eficiência Governamental) deveria ser mais agressivo nas tentativas de reduzir e remodelar a força de trabalho federal de 2,3 milhões de pessoas.
União Europeia
O presidente Trump disse em fevereiro que os EUA vão impor sobretaxas de 25% sobre as importações da União Europeia. "Nós as anunciaremos muito em breve, e elas serão de 25%, de forma generalizada, e se aplicarão a automóveis e todas as coisas", disse Trump em sua primeira reunião de gabinete na Casa Branca.
O chefe da Casa Branca reiterou suas queixas contra a UE, que, de acordo com ele, “não aceita seus carros ou seus produtos agrícolas”.
Na última sexta (28), o presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou que deixou Washington (EUA) após uma visita a Trump. com muito pouca esperança de que a União Europeia evitará as tarifas dos EUA.
Ao lado de Macron, o primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, fez um apelo para o diálogo com Washington, mas afirmou: “A Europa terá que responder a um aumento nas tarifas de forma semelhante.”
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