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    'The Economist' apoia Kamala Harris e alerta para riscos 'inaceitáveis' com a volta de Trump à presidência dos EUA

    Publicação britânica critica postura de eleitores "complacentes" e reforça perigos de uma eventual eleição de Trump

    Donald Trump e Kamala Harris (Foto: Reuters/Umit Bektas/Elizabeth Frantz)

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    247 - A poucos dias da eleição presidencial nos Estados Unidos, marcada para 5 de novembro, o jornal britânico The Economist anunciou apoio à candidatura da democrata Kamala Harris, destacando os “riscos inaceitáveis” que uma reeleição de Donald Trump representaria para a democracia americana e a estabilidade internacional. Segundo a publicação, eleitores americanos que minimizam as possíveis consequências da volta de Trump ao poder adotam uma postura “perigosamente complacente” frente às ameaças que a situação apresenta para a economia, o Estado de direito e a paz mundial.

    Em um editorial enfático, The Economist argumenta que Trump, ao assumir o papel de "líder do mundo livre", estaria colocando os Estados Unidos em uma rota de instabilidade. "Os Estados Unidos podem, sim, passar mais quatro anos com Trump, como passaram por outras presidências de homens falhos de ambos os partidos. O país pode até prosperar. Mas eleitores que afirmam ser pragmáticos estão ignorando o risco extremo de uma presidência de Trump", reforçou o editorial. Para o jornal, a probabilidade de uma crise de grandes proporções sob sua liderança é incerta, mas os riscos, mesmo não quantificáveis, seriam altos demais para serem ignorados.

    A publicação britânica se une a outros veículos influentes que também manifestaram apoio a Kamala Harris. Em setembro, o The New York Times publicou um editorial declarando apoio à democrata, enquanto o Washington Post, de propriedade de Jeff Bezos, optou pela neutralidade, recusando-se a endossar qualquer um dos candidatos.

    A retórica de Trump nos comícios, marcada por discursos inflamados e acusações de fraudes eleitorais, preocupa a mídia e a sociedade civil. Recentemente, o republicano afirmou que as eleições estão sendo manipuladas “em uma escala nunca vista” e sugeriu que poderia não reconhecer uma possível derrota, ecoando as alegações que, em 2020, mobilizaram seus apoiadores a invadir o Capitólio.

    À medida que a campanha se aproxima de seu clímax, a polarização se intensifica, e o apoio de jornais como The Economist e The New York Times destaca o impacto que essa eleição pode ter, não apenas nos EUA, mas em todo o cenário político mundial.

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