Trump cita decisão da Suprema Corte e pede que "reféns" do 6 de janeiro sejam soltos
"Libertem os reféns do 6 de janeiro agora. Eles devem ser soltos agora por causa do que passaram", disse Trump
CHESAPEAKE, Virgínia (Reuters) - O ex-presidente dos Estados Unidos e candidato presidencial, Donald Trump, disse nesta sexta-feira que seus apoiadores processados por ações no ataque ao Capitólio norte-americano, em 6 de janeiro de 2021, deveriam ser libertados, citando decisão da Suprema Corte a favor de um homem que contestou acusação de obstrução, algo que também recai sobre o político.
O ex-presidente citou, em um comício na Virgínia, a decisão desta sexta-feira, que elevou o sarrafo legal para que promotores acusem pessoas em um processo de obstrução por subversão eleitoral que envolve Trump e outros réus envolvidos no ataque.
"Libertem os reféns do 6 de janeiro agora. Eles devem ser soltos agora por causa do que passaram", disse Trump, obtendo apoio da multidão. "Eles têm esperado esta decisão há muito tempo."
Trump é o candidato republicano que enfrentará o atual presidente, o democrata Joe Biden, na eleição do dia 5 de novembro.
A Suprema Corte decidiu por 6 a 3 por rejeitar sentença de tribunal inferior que permitiu a acusação, por obstrução de um procedimento oficial — no caso a certificação parlamentar da vitória de Biden sobre Trump em 2020 —, contra o réu Joseph Fischer, um ex-policial. Os juízes decidiram que a corte inferior deve reconsiderar a matéria.
A decisão pode ajudar Trump, acusado de obstrução duas vezes em quatro indiciamentos feitos no ano passado pelo procurador especial Jack Smith. Ele se declarou inocente.
"Isso é algo grande para pessoas que foram tratadas muito mal", disse Trump.
O ex-presidente tem elogiado seus apoiadores condenados por seus atos nos ataques contra o Capitólio, chamando-os de "patriotas" e "guerreiros". Entre outros crimes, alguns foram acusados de violência contra policiais.
Na segunda-feira, a Suprema Corte deve decidir sobre o pedido de Trump de imunidade presidencial, para protegê-lo das acusações de subversão eleitoral no processo apresentado pelo procurador especial. Será o último dia do atual mandato da corte.
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