Trump designa Musk para comandar auditoria nos gastos do Pentágono
Bilionário será responsável por identificar fraudes e desperdícios no orçamento de quase US$ 1 trilhão
(Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que Elon Musk liderará uma auditoria nos gastos do Departamento de Defesa, com o objetivo de identificar fraudes e desperdícios que podem chegar a centenas de bilhões de dólares.
Em entrevista à Fox News, Trump afirmou: “Vou pedir a ele muito em breve, talvez em 24 horas, para verificar o Departamento de Educação… Depois, vamos para o setor militar. Vamos verificar o militar”. O presidente disse acreditar que serão encontrados “bilhões, centenas de bilhões de dólares em fraudes e abusos” no maior departamento federal do país.
O orçamento do Pentágono se aproxima de US$ 1 trilhão. Em dezembro, o então presidente Joe Biden sancionou um orçamento de defesa de US$ 895 bilhões para o ano fiscal que termina em setembro.
Musk, que segundo a Casa Branca atua como um funcionário especial do governo, já havia sido encarregado por Trump de liderar um esforço para reduzir o tamanho da força de trabalho federal. Como parte dessa iniciativa, assessores de Musk buscaram acesso a informações confidenciais de diversas agências governamentais, o que gerou críticas e preocupações sobre segurança e legalidade.
O conselheiro de Segurança Nacional, Mike Waltz, sugeriu que os processos de construção naval do Pentágono poderiam ser um dos principais alvos da auditoria. Ele afirmou que a estrutura do departamento está inchada e que “tudo lá parece custar muito, demorar muito e entregar pouco aos soldados”. Para Waltz, é necessário que líderes empresariais entrem na instituição e reformem completamente seu processo de aquisição.
Embora republicanos e democratas critiquem há anos o desperdício no Pentágono, opositores da iniciativa afirmam que a equipe de Musk não tem a expertise necessária para reestruturar a instituição e alertam para o risco de exposição de programas confidenciais.
Além disso, Musk mantém contratos bilionários com o próprio Departamento de Defesa por meio de suas empresas, como a SpaceX e a Starlink, o que levanta questionamentos sobre um possível conflito de interesse.
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