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      Trump impõe sanções contra Tribunal Penal Internacional por indiciamento de Netanyahu por crimes de guerra

      anções foram impostas um dia após Trump anunciar que Israel entregaria controle de Gaza aos EUA para transformar a região na "Riviera do Oriente Médio"

      Donald Trump (à esq.) e Benjamin Netanyahu (Foto: Kevin Lamarque / Reuters)
      Paulo Emilio avatar
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      247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinará um decreto nesta quinta-feira (6) estabelecendo sanções contra o Tribunal Penal Internacional (TPI). O tribunal, com sede em Haia, indiciou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, por crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

      As sanções, segundo a coluna do jornalista Jamil Chade, do UOL, incluem restrições financeiras e a revogação de vistos para os funcionários do TPI, além de afetar qualquer pessoa envolvida em investigações que atinjam cidadãos americanos ou aliados dos EUA. O decreto será assinado dois dias após Trump anunciar que negocia a retirada de palestinos de Gaza.

      Trump já havia criticado o TPI durante seu primeiro mandato, argumentando que o tribunal não tinha jurisdição ou autoridade sobre os EUA, uma vez que nem os Estados Unidos nem Israel fazem parte do Estatuto de Roma, que criou o TPI. A nova decisão, no entanto, vai além dessa crítica inicial, com Trump afirmando que tanto os EUA quanto Israel têm sistemas judiciários independentes e não devem ser submetidos à jurisdição do tribunal.

      O TPI emitiu um mandado de prisão contra Netanyahu em novembro do ano passado, alegando haver indícios de sua responsabilidade por crimes de guerra e crimes contra a humanidade, relacionados ao cerco e ataques a Gaza, no que é apontado como o primeiro caso concreto de uma ação legal contra um aliado do governo estadunidense desde a criação da corte há pouco mais de 20 anos.

      A Corte Internacional de Justiça já havia ordenado, no início do ano, que Israel tomasse medidas para evitar o genocídio do povo palestino em Gaza. Netanyahu reagiu, chamando as acusações de "absurdas" e de "antissemitas", e afirmou que Israel não recuará em seus objetivos de guerra.

      Além disso, o procurador-geral do TPI, Karim Khan, afirmou que os crimes contra a humanidade ocorreram como parte de uma ação sistemática e generalizada contra a população civil palestina. O cerco imposto por Israel a Gaza teria incluído restrições severas à transferência de alimentos, medicamentos e outros itens essenciais, além de cortes no fornecimento de água e eletricidade.

      A decisão do TPI foi acompanhada por fortes reações de Israel, com o ministro da Segurança israelense, Itamar Ben-Gvir, sugerindo que o país deveria considerar a anexação da Cisjordânia.

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