Trump planeja deportar estudantes estrangeiros que participaram de protestos anti-Israel nos EUA
Medida faz parte de pacote de decretos que também atacam pautas progressistas em universidades americanas
247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pretende assinar nesta quarta-feira (data a ser confirmada) um novo decreto que endurece as regras contra estudantes estrangeiros que participaram de protestos anti-Israel em universidades americanas. Segundo informações divulgadas pela Bloomberg e pelo New York Post, a ordem presidencial prevê a deportação de manifestantes com visto regular que tenham se envolvido em atos contra o país aliado durante a guerra de Israel contra o Hamas em Gaza, destaca O Globo.
O documento também determina que o Departamento de Justiça atue para “reprimir o vandalismo e intimidação pró-Hamas” e investigue incidentes classificados como racismo antijudaico em universidades americanas. A decisão faz parte de um pacote de medidas que miram diretamente o setor educacional, cumprindo promessas de campanha de Trump de endurecer o controle sobre o que ele classifica como “doutrinação da extrema esquerda” nos campi.
Durante a campanha eleitoral, Trump já havia prometido que retiraria o credenciamento de faculdades que não combatessem discursos de ódio anti-judaicos e atos violentos em seus campi. Além da deportação de estrangeiros envolvidos nos protestos, o presidente também determinou que agências federais revisem os casos e relatem as descobertas a autoridades criminais e civis.
Os protestos contra Israel se espalharam por diversas universidades americanas, incluindo Harvard e Columbia, com denúncias de práticas antissemitas. O episódio gerou um debate nacional sobre os limites da liberdade de expressão e o papel do governo na repressão de manifestações políticas dentro do ambiente acadêmico.
Outro decreto previsto para ser assinado nesta quarta-feira pretende cortar o financiamento federal para instituições de ensino que promovam o que a Casa Branca define como “ideologia radical de gênero e teoria crítica da raça”. O presidente também planeja restabelecer a Comissão 1776, criada durante seu primeiro mandato para apresentar uma versão conservadora da história americana, minimizando, segundo críticos, o papel da escravidão nos Estados Unidos.
Além disso, Trump pediu ao secretário de Educação um plano para, dentro de 90 dias, eliminar o que chama de “doutrinação” nas escolas e universidades. O procurador-geral dos EUA também foi orientado a colaborar com promotores estaduais para processar professores e funcionários que promovam práticas de “transição social” sem autorização médica ou que, segundo o decreto, “explorem sexualmente menores”.
❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com redacao@brasil247.com.br.
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: