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    Trump volta a insistir na compra da Groenlândia e diz que “vai torná-la rica”

    Durante discurso ao Congresso, presidente dos EUA afirmou que ilha tem papel estratégico e prometeu segurança e prosperidade aos seus habitantes

    Groenlândia (Foto: Reuters)
    Redação Brasil 247 avatar
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    247 – Em discurso ao Congresso nesta terça-feira (4), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a manifestar interesse em adquirir a Groenlândia, território autônomo da Dinamarca. Segundo reportagem da Reuters, Trump declarou que a ilha seria beneficiada economicamente e militarmente caso passasse a integrar os EUA. “Nós vamos mantê-los seguros, vamos torná-los ricos, e juntos levaremos a Groenlândia a patamares que vocês nunca imaginaram antes”, afirmou.

    Trump reforçou a importância estratégica da Groenlândia, descrevendo-a como “uma terra muito grande, com uma população muito pequena, mas extremamente importante para a segurança militar”. Ele destacou que a ilha está localizada na rota mais curta entre a Europa e a América do Norte, sendo um ponto crítico para o sistema de alerta de mísseis balísticos dos EUA. “Precisamos dela para a segurança mundial”, declarou.

    A ideia de anexação, no entanto, enfrenta forte oposição tanto do governo dinamarquês quanto da população groenlandesa. Pesquisas de opinião indicam que a maioria dos habitantes da ilha rejeita a ideia de se tornar parte dos Estados Unidos, embora grande parte apoie uma futura independência em relação à Dinamarca. Copenhague já reiterou diversas vezes que a Groenlândia “não está à venda”, descartando qualquer possibilidade de negociação.

    Ainda assim, Trump demonstrou confiança em sua estratégia. Em sua fala ao Congresso, dirigiu-se diretamente aos groenlandeses: “Nós apoiamos fortemente seu direito de determinar o próprio futuro, e, se assim escolherem, damos as boas-vindas aos Estados Unidos da América”. Em tom provocador, acrescentou: “Acho que vamos conseguir, de um jeito ou de outro, nós vamos conseguir”, arrancando risadas de parlamentares republicanos.

    As declarações do presidente reacenderam o debate sobre a independência da Groenlândia, intensificando os apelos para que o país acelere discussões sobre uma possível separação da Dinamarca. No entanto, a governista Inuit Ataqatigiit, principal força política da ilha, demonstrou cautela e afastou a possibilidade de uma decisão precipitada. O partido ressaltou que uma eventual independência precisa levar em consideração questões econômicas e de bem-estar social antes de ser definida.

    A Dinamarca também se pronunciou. A embaixadora do país na ONU, Christina Markus Lassen, reafirmou que a decisão cabe unicamente ao povo groenlandês. “A independência é possível, e eles têm o direito à autodeterminação”, afirmou. Lassen, no entanto, ressaltou que, no atual cenário geopolítico, é essencial fortalecer a segurança no Ártico, o que vem sendo discutido em cooperação com os Estados Unidos e a Otan.

    Mesmo sem apoio formal, Trump continua demonstrando interesse na Groenlândia, apostando no argumento da segurança internacional e dos recursos naturais da ilha para justificar sua ambição. A insistência do presidente norte-americano pode impulsionar novos desdobramentos políticos tanto na Groenlândia quanto na relação entre Dinamarca e EUA, mas, por ora, qualquer mudança no status do território parece improvável.

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