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    União Africana manifesta preocupação com violência em Moçambique

    Atos de violência foram desencadeados a partir de incitação do candidato derrotado nas eleições presidenciais

    Protestos em Moçambique incitados pelo candidato direitista derrotado nas eleições presidenciais (Foto: Reuters)

    Prensa Latina - O presidente da Comissão da União Africana (UA), Moussa Faki Mahamat, expressou nesta quinta-feira (26) preocupação com os acontecimentos violentos ocorridos em Moçambique após as eleições gerais realizadas em 9 de outubro.

    Mahamat, através de um comunicado, enviou as suas condolências às vítimas dos confrontos entre autoridades e manifestantes em várias províncias daquele país africano, após o pronunciamento dos resultados finais das eleições pelo Conselho Constitucional.

    Apelou à calma e incentivou os serviços de segurança a exercerem contenção no uso da força em meio à violência e a manterem a ordem pública.

    Instou também o governo moçambicano e todos os atores políticos e sociais nacionais a procurarem uma solução pacífica para resolver a crise atual e evitar mais perdas de vidas e destruição de propriedades.

    Finalmente, reafirmou o compromisso da UA em colaborar com as autoridades e partes interessadas do governo de Maputo, bem como com a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, para acabar com a violência e salvaguardar a democracia constitucional no país.

    O ministro do Interior de Moçambique, Pascoal Ronda, anunciou num discurso televisivo a morte de 21 pessoas e 78 detidos durante os confrontos na capital e nas províncias da Beira e Nampula.

    Os policiais e soldados usaram granadas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes que vandalizaram e saquearam empresas, segundo reportagens da imprensa.

    Os distúrbios eclodiram depois de o Conselho Constitucional ter confirmado a vitória do candidato presidencial do partido Frelimo, Daniel Chapo, contestado pelo candidato do partido Podemos, Venâncio Mondlane.

    Segundo os dados certificados pela entidade judicial, Chapo obteve 65,17 por cento dos votos, longe dos menos de 22 por cento do seu rival e de outros dois candidatos, que não chegaram aos 10.

    Ronda alertou que a Polícia e o Exército vão aumentar a sua presença em pontos críticos que se abstiveram de identificar para evitar a reincidência de saques a empresas e atos de vandalismo contra propriedades públicas e privadas.

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