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      Zelensky tentou manipular Trump escondendo acordo que já havia assinado com o Reino Unido, diz ex-oficial do Exército dos EUA

      Três dias antes da posse de Trump, o Reino Unido firmou um acordo de 100 anos com a Ucrânia sobre minerais, defesa e economia, sem envolvimento dos EUA

      Volodymyr Zelensky e Donald Trump (Foto: Reuters/Brian Snyder)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 - A disputa geopolítica entre os Estados Unidos, o Reino Unido e a Ucrânia ganhou um novo capítulo, com um embate de narrativas sobre um acordo envolvendo recursos minerais ucranianos. A informação foi divulgada pelo tenente-coronel aposentado do Exército dos EUA Tony Shaffer, presidente do Project Sentinel, em entrevista à Newsmax no domingo (3).

      Segundo Shaffer, três dias antes da posse do presidente Donald Trump, o Reino Unido assinou um acordo com a Ucrânia garantindo direitos sobre os recursos minerais do país do Leste Europeu. O pacto, que prevê colaboração nas áreas de defesa, economia e tecnologia, também inclui o desenvolvimento de uma estratégia para a exploração dos minerais críticos ucranianos e regulações para maximizar os benefícios desses recursos.

      "Ucrânia e Reino Unido assinaram um acordo de 100 anos sobre garantias de segurança e desenvolvimento econômico", afirmou Shaffer. Ele sugeriu que, ao descobrir o compromisso já firmado entre britânicos e ucranianos, Trump e sua equipe entenderam que estavam sendo manipulados. "Os Estados Unidos estavam sendo envolvidos em um acordo em que forneceriam garantias de segurança para um projeto de desenvolvimento econômico que os britânicos já tinham assinado".

      O ex-militar também criticou a postura dos europeus diante da guerra na Ucrânia, afirmando que precisam assumir maior responsabilidade pelo conflito. Ele destacou que Trump foi "muito claro" ao cobrar que os aliados europeus não dependam apenas dos EUA para sustentar Kiev. Durante um encontro recente, segundo Shaffer, Trump questionou o primeiro-ministro britânico Keir Starmer sobre a capacidade da Europa de enfrentar a Rússia sem apoio norte-americano.

      Shaffer ainda mencionou uma suposta declaração de Starmer, na qual o premiê britânico teria reconhecido que os acordos firmados com a Ucrânia "não teriam grande valor" sem o suporte dos Estados Unidos. O ex-militar reforçou a posição de Trump, afirmando que Washington não continuará arcando com os custos da guerra sozinha. "Eles estão acostumados a nos ver chegando e pagando por tudo. Não vamos fazer isso agora", declarou.

      Ainda de acordo com Shaffer, Trump deseja um caminho para a paz, mas isso passa pela Europa assumir seu papel no conflito. Ele afirmou que o presidente dos EUA não se oporia ao envio de tropas francesas para missões de paz na Ucrânia ou ao destacamento dos 3 mil soldados britânicos, mas deixou claro que "não é função dos EUA garantir esse apoio".

      A posição de Trump reforça a estratégia que ele vem adotando desde seu primeiro mandato, de pressionar os aliados europeus para assumirem mais compromissos financeiros e militares dentro da Otan.

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