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      Trump quer a paz, mas Zelensky tem outros objetivos, diz Tulsi Gabbard, diretora de Inteligência dos EUA

      Diretora de Inteligência critica líder ucraniano e também questiona sua legitimidade como presidente

      Tulsi Gabbard (Foto: Reuters/Jeenah Moon)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – A diretora de Inteligência dos Estados Unidos, Tulsi Gabbard, fez duras críticas ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ao afirmar que ele não tem a paz como prioridade. Em entrevista ao programa "Fox News Sunday", conduzido por Shannon Bream, Gabbard disse que, enquanto o presidente Donald Trump trabalha para encerrar o conflito com a Rússia, Zelensky segue um caminho oposto. As declarações foram publicadas pelo site Politico.

      "O presidente Trump está comprometido com a paz e a liberdade", afirmou Gabbard. "Estamos vendo uma grande divergência aqui entre sua posição, seu compromisso com esses valores e os interesses do povo americano em contraposição aos interesses do presidente Zelensky e dos líderes europeus".

      As críticas de Gabbard vieram após um encontro conturbado entre Trump e Zelensky na Casa Branca, que terminou de forma abrupta. Durante uma coletiva no Salão Oval, uma declaração de Zelensky sugerindo ceticismo quanto à diplomacia com Moscou irritou o vice-presidente J.D. Vance. Em resposta, Trump e Vance fizeram duras críticas ao líder ucraniano, e Trump chegou a pedir que ele deixasse as instalações presidenciais. Posteriormente, em sua rede social Truth Social, Trump declarou que Zelensky "não está pronto para a paz".

      Gabbard reforçou essa ideia durante a entrevista. "O presidente Zelensky tem objetivos diferentes", disse. "Ele afirmou que deseja o fim da guerra, mas só aceita um desfecho que leve àquilo que ele considera uma vitória para a Ucrânia, mesmo que isso tenha um custo incrivelmente alto, potencialmente levando à Terceira Guerra Mundial ou até mesmo a um conflito nuclear".

      A reunião na Casa Branca gerou reações de democratas e líderes europeus, que classificaram o episódio como uma "emboscada" contra Zelensky. O senador democrata Chris Van Hollen, defensor do apoio dos EUA à Ucrânia, disse em entrevista ao mesmo programa que viu a situação como "um lamentável exemplo de intimidação por parte do presidente e do vice-presidente dos Estados Unidos contra um líder cujo país está sendo brutalmente atacado por Putin".

      Gabbard, no entanto, manteve sua posição crítica, colocando a responsabilidade sobre Zelensky para reparar as relações entre Washington e Kiev. "Quando o presidente Zelensky desafiou diretamente Trump e Vance diante da imprensa e do povo americano, ele demonstrou sua falta de interesse em negociações reais e de boa-fé", afirmou. "Isso criou uma enorme fissura no relacionamento".

      Questionada sobre o futuro das relações entre os dois países, Gabbard indicou que a retomada das conversas dependerá de um novo posicionamento por parte de Kiev. "Haverá necessidade de uma reconstrução do interesse em negociações genuínas antes que Trump esteja disposto a reengajar nesse assunto".

      A diretora da CIA também criticou a liderança de Zelensky na Ucrânia, mencionando o cancelamento de eleições e a supressão da oposição política. "Podemos listar uma série de questões que vão contra os valores democráticos e a liberdade", disse. "Então, realmente cabe a pergunta: o que exatamente eles estão defendendo? E esses valores estão alinhados com os nossos?".

      O debate sobre o futuro do apoio dos EUA à Ucrânia segue em aberto, com divergências tanto entre os líderes políticos americanos quanto entre seus aliados europeus. Enquanto Trump e seus aliados defendem um caminho de negociação, Zelensky e seu governo insistem que qualquer acordo de paz deve garantir a soberania territorial da Ucrânia, mesmo diante das incertezas do campo de batalha.

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