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      CGU rebate Índice de Percepção da Corrupção e critica distorções na avaliação do Brasil

      Controladoria-Geral da União questiona metodologia do IPC da Transparência Internacional e destaca avanços no combate à corrupção

      Controladoria-Geral da União (Foto: Reprodução/Controladoria-Geral da União)
      Camila França avatar
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      247 - A Controladoria-Geral da União (CGU) divulgou uma nota oficial questionando a metodologia do Índice de Percepção da Corrupção (IPC), publicado pela Transparência Internacional (TI). O órgão alerta para as limitações do indicador e enfatiza que o IPC mede a percepção, e não a ocorrência real de corrupção. A CGU destaca que o próprio relatório da TI recomenda cautela na interpretação dos resultados, principalmente em relação a variações consideradas "sutis" ou "estatisticamente irrelevantes".

      Segundo a Controladoria, países que adotam medidas mais rigorosas contra a corrupção podem ser penalizados no IPC, já que a maior exposição de investigações e escândalos tende a impactar negativamente a percepção do problema. “O combate à corrupção não pode ser tratado como um fator negativo para a avaliação de um país”, argumenta a CGU no documento.

      A CGU também critica o uso do IPC para embasar debates públicos sem uma análise aprofundada, alertando que isso pode alimentar narrativas distorcidas e enfraquecer a confiança nas instituições democráticas. Outro ponto levantado é que o índice se baseia em pesquisas com grupos específicos, como empresários, e não reflete necessariamente a percepção da população como um todo. Além disso, o órgão ressalta que eventos mencionados no relatório da TI como negativos para o Brasil ocorreram após o período de coleta de dados, comprometendo a coerência da análise.

      Por outro lado, a CGU destaca avanços concretos no combate à corrupção e na transparência no país, que não são devidamente reconhecidos pelo IPC. Entre as iniciativas citadas estão a ampliação da transparência no Portal da Transparência, melhorias na rastreabilidade de emendas parlamentares e o lançamento do Plano de Integridade e Combate à Corrupção 2025-2027, que prevê 260 ações estratégicas. Além disso, o órgão bateu recorde de operações contra a corrupção em 2024, totalizando 47 ações.

      O Brasil também retoma protagonismo internacional na agenda da transparência, sendo sede da COP 30 e fortalecendo sua participação na Parceria para Governo Aberto (OGP). A CGU enfatiza que esses avanços demonstram um compromisso sólido com a governança democrática, algo que o IPC não mede de maneira adequada.

      Por fim, a Controladoria-Geral da União reafirma seu compromisso com a transparência e a integridade na administração pública e defende um debate mais técnico e fundamentado sobre os métodos utilizados para avaliar a corrupção no Brasil e no mundo.

      Leia a nota na íntegra: 

      A Controladoria-Geral da União (CGU) reforça seu compromisso com a transparência e o combate à corrupção. Por isso, alerta para limitações metodológicas do Índice de Percepção da Corrupção (IPC), da Transparência Internacional (TI). O IPC mede percepção, não a ocorrência real de corrupção, e seu próprio relatório recomenda cautela na interpretação dos resultados, especialmente em relação a variações ("sutis" ou "estatisticamente irrelevantes") da pontuação.

      Os países que combatem corrupção podem ser penalizados no IPC, uma vez que a exposição de casos e investigações impacta negativamente a percepção sobre o problema. O combate à corrupção não pode ser tratado como um fator negativo para a avaliação de um país.

      O uso do IPC para embasar debates públicos pode levar a distorções, alimentando narrativas que minam a confiança nas instituições democráticas. O índice se baseia em pesquisas com grupos específicos, como empresários, e não representa a percepção geral da população. Além disso, vários eventos mencionados no relatório como fatores negativos para o Brasil ocorreram após o período de coleta de dados do índice, o que compromete a coerência da análise.

      Por outro lado, avanços concretos não são devidamente reconhecidos. O Brasil ampliou sua transparência com melhorias no Portal da Transparência, avançou na rastreabilidade de emendas parlamentares e lançou o Plano de Integridade e Combate à Corrupção 2025-2027, com 260 ações estratégicas. Além disso, a CGU bateu recorde de operações contra a corrupção em 2024, totalizando 47 ações.

      O Brasil também retoma protagonismo internacional na transparência, sendo sede da COP 30 e fortalecendo sua participação na Parceria para Governo Aberto (OGP). Esses avanços refletem um compromisso sólido com governança democrática, algo que o IPC não mede de forma adequada.

      A CGU segue firme em sua missão de garantir uma gestão pública transparente e reafirma a necessidade de um debate mais técnico e fundamentado sobre os métodos de avaliação da corrupção no Brasil e no mundo.

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