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    Cresce pressão no governo Lula por reforma ministerial após as eleições

    Resultado relativamente fraco da esquerda nas urnas e apoio de aliados a Tarcísio intensificam demanda por mudanças no ministério

    Luiz Inário Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert)

    247 – O resultado das eleições municipais, que trará um desempenho relativamente fraco para a esquerda, reforçou a pressão sobre o presidente Lula para realizar uma reforma ministerial ampla. Conforme relatado pela colunista Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo, o clima entre ministros e lideranças partidárias indica que uma reorganização é essencial para fortalecer o governo, especialmente com vistas a aumentar a aprovação de Lula e preparar o terreno para uma possível candidatura em 2026.

    Segundo interlocutores do governo, os resultados das urnas sinalizam urgência na reestruturação da equipe. A despeito de indicadores econômicos positivos, como desemprego em baixa, inflação controlada e crescimento da renda, muitos candidatos apoiados pelo governo falharam em obter sucesso eleitoral. Dados do Instituto Datafolha mostram que apenas 35% consideram a gestão de Lula ótima ou boa, enquanto uma pesquisa do Instituto Quaest aponta que 51% dos entrevistados aprovam o trabalho do presidente.

    Esse cenário coloca Lula, na visão de alguns aliados, longe de ser um candidato imbatível em 2026. A avaliação é de que o governo precisa de uma equipe política capaz de defender e promover ativamente as políticas públicas da administração, assegurando maior visibilidade às ações governamentais.

    Outra razão central para a reforma ministerial seria garantir que os partidos aliados estejam de fato comprometidos com a possível reeleição de Lula. O MDB, que atualmente ocupa três ministérios, firmou aliança com Jair Bolsonaro em São Paulo, apoiando a reeleição do prefeito Ricardo Nunes, um sinal de que nem todos os aliados estão plenamente alinhados ao governo federal. O PSD, presidido por Gilberto Kassab, mantém uma postura ambígua: apoia o governo Lula e ocupa ministérios, mas também colabora com a gestão de Tarcísio de Freitas em São Paulo, com secretarias no estado. Essa situação seria insustentável caso Lula e Tarcísio venham a se enfrentar nas urnas em 2026.

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