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    Governo Lula espera que Milei extradite fugitivos do 8 de janeiro

    O processo, contudo, enfrenta complicações burocráticas, com previsões do Palácio do Planalto indicando que a decisão argentina pode levar algumas semanas

    Lula e Milei (Foto: Ricardo Stuckert / PR | Agustin Marcarian/Reuters)

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    247 – Segundo fontes próximas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e interlocutores diplomáticos, o governo argentino, liderado pelo presidente Javier Milei, tem indicado a possibilidade de extraditar os brasileiros condenados por envolvimento nos atos de 8 de janeiro de 2023. As informações foram confirmadas por pessoas envolvidas nas negociações, de acordo com reportagem do Valor. Esses brasileiros, que buscaram refúgio na Argentina durante as investigações, entraram com pedidos de asilo para evitar a extradição. Atualmente, mais de cem pessoas estão nessa situação, e quase metade delas já recebeu condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

    O processo, contudo, enfrenta complicações burocráticas, com previsões do Palácio do Planalto indicando que a decisão argentina pode levar algumas semanas. O contato entre os governos começou após os argentinos expressarem surpresa com o elevado número de pedidos de refúgio por parte de brasileiros. A questão ganhou destaque com declarações e postagens de condenados que estão na Argentina, os quais se proclamam perseguidos políticos. Ademais, a visita de parlamentares brasileiros a Buenos Aires no mês passado, liderada pelo deputado Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, também atraiu atenção. Eles defenderam que os foragidos deveriam ser tratados como exilados políticos.

    Espera-se agora que o ministro Alexandre de Moraes, do STF, encaminhe os pedidos de extradição ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. Depois, o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) analisará os casos antes de serem formalizados ao governo argentino pelo Ministério das Relações Exteriores. Manuel Adorni, porta-voz do governo argentino, declarou recentemente que cada pedido de refúgio será avaliado individualmente.

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