Haddad diz que não é 'candidato a nada' e que 'nunca conversou sobre reforma ministerial' com Lula
Ministro da Fazenda reafirmou foco na agenda econômica e negou atritos no governo
247 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afastou qualquer possibilidade de disputar um cargo político nas eleições de 2026, incluindo uma eventual candidatura presidencial. Haddad, que é frequentemente especulado como uma alternativa do PT caso o presidente Lula (PT) decida não concorrer à reeleição, também disse que nunca conversou com Lula sobre a reforma ministerial.
"Isso é um assunto dele [Lula], que ele sempre cuidou como uma atribuição pessoal, que é montar a equipe. É uma iniciativa e uma prerrogativa dele", afirmou Haddad em relação à reforma ministerial nesta segunda-feira (25), durante participação na abertura da CEO Conference Brasil 2025, evento promovido pelo BTG Pactual, em São Paulo, de acordo com o Metrópoles.
"Essas notícias que saem… eu nunca conversei sobre reforma ministerial com o presidente. Nunca sugeri um nome para o presidente, nem para exonerar nem para admitir. Não funciona assim", ressaltou.
"Graças a Deus, a democracia foi salva. Isso garante a cada um de nós a liberdade de fazer o que quiser com o voto em 2026", afirmou o ministro em referência a vitória de Lula sobre Jair Bolsonaro (PL) no pleito presidencial de 2022. Ele também minimizou análises negativas sobre o desempenho da economia e descartou que será candidato em 2026. "É fácil para alguns analistas, às vezes, jogar pedra agora. Falo isso como brasileiro que não é candidato a nada no ano que vem."
O ministro também enfatizou a necessidade de foco na agenda econômica e pediu apoio dos agentes financeiros e da opinião pública. "Não é tão difícil para um país tão abençoado como o nosso conseguir tão pouco, porque está tudo na mão para fazer", disse Haddad. "Meu desejo é que as pessoas foquem no núcleo do nosso problema e ajudem a área econômica a avançar nas discussões internas e externas, com os outros Poderes.
Ainda segundo ele, a agenda econômica do governo é institucional e não deve ser prejudicada pelo ambiente eleitoral. "Nós temos uma agenda a cumprir aqui. Quanto mais apoio essa agenda tiver das pessoas interessadas no avanço do país, mais ela vai progredir", observou.
Sobre possíveis turbulências políticas no próximo ano, o ministro ponderou: "Não penso que 2026 vai contaminar 2025, porque ela é uma agenda institucional. Tem uma agenda que é de governo, tem uma agenda ideológica – o que é legítimo –, e tem uma agenda de Estado, para cobrir o atraso do Brasil em relação a outros países que estão mais avançados do que nós."
Haddad também foi questionado sobre um suposto "fogo amigo" dentro do governo, especialmente em relação ao ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT). Nos bastidores, há especulações sobre divergências entre os dois, mas o titular da Fazenda negou qualquer desentendimento.
"É normal o tipo de debate que eu enfrento dentro ou fora do governo. É um debate que está na sociedade. Imaginar que o governo não vai espelhar posições legítimas sobre como conduzir a economia não é razoável. Mas, comparado a dois anos atrás, hoje eu vejo muito mais convergência do que divergência", argumentou.
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