Lula apela a Putin e Zelensky para que tenham ouvidos para a paz
Presidente critica gastos trilionários em armas enquanto milhões sofrem com a fome e pede esforços internacionais por soluções pacíficas
247 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou, nesta terça-feira (18), os altos investimentos globais em armamentos em meio ao crescimento da fome no mundo. Durante evento na fábrica da Toyota em Sorocaba (SP), ele destacou que, em 2023, foram gastos US$ 2,3 trilhões (cerca de R$ 13,5 trilhões) em armamentos, enquanto 730 milhões de pessoas sofrem com a falta de alimentos. As declarações foram divulgadas pelo portal Sputnik.
"Significa uma inversão de valores que não poderia acontecer no mundo hoje", afirmou Lula, ressaltando a discrepância entre os gastos militares e a crise humanitária. O presidente também mencionou diretamente os conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio, pedindo que os líderes envolvidos busquem soluções pacíficas. "Espero que [o presidente russo, Vladimir] Putin e o [ucraniano, Volodymyr] Zelensky tenham ouvido para poder entrar em paz", disse.
O chefe de Estado brasileiro também abordou o conflito entre Israel e Palestina, mencionando um discurso feito pelo vice-presidente Geraldo Alckmin no mesmo evento. "Depois do discurso do Alckmin, eu espero que o cara que comanda o Exército de Israel tenha ouvido a palavra dele para parar de atacar palestinos", afirmou Lula.
O evento na fábrica da Toyota marcou a ampliação da presença da montadora japonesa no Brasil. A empresa anunciou investimentos de R$ 11,5 bilhões até 2030, incluindo a construção de uma nova fábrica para produção de modelos híbridos-flex a partir de 2026, com capacidade de 100 mil carros por ano. A expansão deve gerar 2 mil empregos diretos e 10 mil indiretos.
Além de Lula e Alckmin, estiveram presentes o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, além de representantes da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e lideranças sindicais.
Com essas declarações, Lula reforça sua posição de defesa da diplomacia e da resolução pacífica de conflitos, criticando o aumento da corrida armamentista em um cenário global marcado pela fome e desigualdade.
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