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"O problema do Brasil não é Israel, mas sim a gestão Netanyahu", diz Celso Amorim

Na visão do ex-chanceler, a atual situação em Israel é preocupante tanto para os palestinos quanto para os israelenses

Celso Amorim (Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil | Reuters/Mohammed Al-Masri)

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Sputnik – Em recente entrevista, Celso Amorim, assessor especial da Presidência da República, declarou que o Brasil não ampliará sua presença na cúpula de Kiev. O evento, segundo Amorim, "se baseia no plano de Zelensky para a paz", o que não justifica um maior envolvimento brasileiro. Afirmou também que as sanções impostas a Moscou foram um grande erro estratégico do Ocidente.

Quando questionado sobre a participação do Brasil na cúpula da Ucrânia, Amorim esclareceu que a embaixadora do Brasil na Suíça será enviada para representar o país. Ele enfatizou que, apesar dos apelos para uma presença mais significativa, o Brasil não vai aumentar seu envolvimento por discordar do plano de paz de Zelensky. "O Brasil não fez nada para favorecer a Rússia, mas sim para favorecer a paz", declarou.

Amorim também comentou sobre o apoio ocidental à Ucrânia, afirmando que este não é suficiente para impedir o avanço russo. "O que está ocorrendo é que o Ocidente vai continuar ajudando a Ucrânia, mas não na medida necessária para evitar um avanço russo, como de fato está ocorrendo", analisou.

Impacto das Sanções Contra Moscou

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Amorim criticou duramente as sanções impostas à Rússia, descrevendo-as como "o maior tiro no pé que o Ocidente poderia dar". Segundo ele, essas sanções fortaleceram a autossuficiência russa em alimentos e contribuíram para a formação de um bloco entre China, Rússia e Índia. Diante das turbulências políticas globais, Amorim sugeriu que as democracias deveriam considerar a formação de algum tipo de coalizão. Ele destacou que o Brasil mantém duas posições: uma aliança com os sociais-democratas e outra com países em desenvolvimento, como os membros do BRICS.

Amorim também abordou a relação do Brasil com Israel, destacando que o problema não é com o país em si, mas com o governo do premiê Benjamin Netanyahu. Após o redirecionamento do embaixador Frederico Meyer, Amorim não acredita que o Brasil enviará um novo embaixador a Israel tão cedo. "Foi um desejo proposital de humilhar o Brasil", afirmou.

Na visão do ex-chanceler, a atual situação em Israel é preocupante tanto para os palestinos quanto para os israelenses, devido à quebra dos padrões diplomáticos e à postura agressiva do governo Netanyahu.

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