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Requião diz que Haddad quer agradar gregos e troianos e acaba desagradando o PT e o mercado

Ex-senador e ex-governador afirma que o ministro da Fazenda não é a pessoa ideal para o cargo

(Foto: Eduardo Matysiak)

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247 – O ex-governador e ex-senador Roberto Requião fez duras críticas ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em uma postagem em suas redes sociais neste sábado. Requião destacou a tentativa de Haddad de agradar diferentes grupos, resultando em descontentamento tanto dentro do Partido dos Trabalhadores (PT) quanto no mercado financeiro. Segundo Requião, a tentativa de Haddad de adotar uma postura fiscalista sem a coragem de cortar subsídios e benefícios resulta em políticas ineficazes, culminando na controversa MP 1227, que pretendia eliminar incentivos fiscais usados por grandes empresas.

Requião argumenta que Haddad confunde ricos com empresários ao tentar aumentar a carga tributária sobre as empresas, em vez de focar nos realmente ricos que pagam pouco imposto. "A MP 1227 é um desastre político e econômico, que confirma que tecnocratas não devem ter cargos políticos," afirmou o ex-governador. Ele também destacou que Haddad não possui a capacidade de levar o país de volta ao crescimento ou cumprir as promessas de campanha, apontando a responsabilidade maior para o presidente Lula, que o escolheu para o cargo.

Essas críticas vêm em um momento em que Haddad expressou suas frustrações sobre as dificuldades em lidar com o Congresso Nacional. Em um evento do Instituto Conhecimento Liberta, Haddad destacou a resistência parlamentar às propostas de aumento da arrecadação federal, mencionando que os diálogos em Brasília frequentemente se transformam em uma defesa constante. “Quando vamos pra Brasília, não vamos dialogar, vamos nos defender. Você fica o tempo todo apreensivo. Por que essa espuma toda para criar cizânia na sociedade? Por que não focamos no que vai mudar pra melhor a vida as pessoas?", questionou o ministro.

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Haddad também lamentou a falta de comprometimento de algumas pessoas em posições de poder em fazer "a coisa certa pelo país". Ele enfatizou a necessidade de um "projeto coletivo" para tornar o Brasil uma nação verdadeiramente grande, destacando que o país não está condenado a ser de porte médio, mas pode alcançar um status mais elevado. O ministro ainda sugeriu que, se necessário, poderia voltar para a sala de aula, ressaltando sua paixão pela educação e sua disposição em continuar contribuindo de outras formas.

As críticas de Requião e os desabafos de Haddad refletem a complexidade e os desafios enfrentados pelo governo atual em implementar políticas fiscais eficazes e em manter um diálogo produtivo com o Congresso. A MP 1227, em particular, torna-se um símbolo das tensões e divergências dentro do cenário político brasileiro, levantando questões sobre a liderança e a direção das políticas econômicas do país.

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