Após derrotas no Congresso, Lula cobra mais empenho de líderes do governo e de ministros em votações

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou nesta segunda-feira (3) aos líderes do governo que passem a cobrar dos parlamentares, principalmente, do centrão que votem de forma alinhada com a posição do chefe de Estado. A ideia é que os líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), participem junto com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, da articulação junto a representantes de partidos como PP, União Brasil Republicanos, PSD e MDB na Esplanada. A informação foi publicada nesta segunda-feira (3) no jornal O Globo.

Na votação sobre a saída temporária de presos em feriados, na semana passada, 314 deputados votaram para anular o veto do presidente, e 126 para mantê-lo. Dos votos pela derrubada, metade foi de partidos da aliança petista. No Senado, o placar foi de 52 a 11 contra o veto. Para derrubar a decisão era preciso 257 votos na Câmara e 41 entre os senadores.

Em outra análise, 317 deputados votaram pela manutenção do veto de Jair Bolsonaro sobre uma proposta que facilitaria a criminalização das fake news. Inclusive, o político da extrema-direita está inelegível por ter espalhado notícias falsas, em 2022, quando afirmou a embaixadores no Planalto que o sistema eleitoral brasileiro não tem segurança contra fraudes.

As três lideranças devem mapear antecipadamente quantos votos os parlamentares desses partidos garantem em cada votação. Os ministros também deverão ter mais atuação na defesa das políticas do governo.

O presidente Lula também afirmou que nos próximos encontros quer a presença do ministro Fernando Haddad (Fazenda) e Rui Costa (Casa Civil). Os dois estão em viagens internacionais nesta semana: Costa embarcou para China e Haddad para Roma.