Atentado ao STF: novas imagens e depoimentos revelam detalhes inéditos do ataque
Novo sistema de segurança do Supremo foi essencial para evitar tragédia maior
247 - Matéria exibida pelo programa Fantástico, da TV Globo, neste domingo (17) trouxe imagens inéditas que revelam detalhes impactantes sobre o atentado ao Supremo Tribunal Federal (STF) realizado por Francisco Wanderley Luiz. O ataque ocorreu por volta das 19h30, em um dia chuvoso, e gerou momentos de pânico entre visitantes, funcionários e até ministros que ainda estavam no local. Graças ao moderno sistema de monitoramento instalado após os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, a segurança conseguiu evitar uma tragédia ainda maior.
De acordo com o secretário de segurança do STF, Marcelo Schettini, o comportamento suspeito de Wanderley foi identificado pelo sistema, que acionou um alerta no momento em que ele se aproximou do prédio. “Ele cruzou ali num dia chuvoso, parou em frente e veio um 'pop up' na tela vermelha, um alerta de intrusão. O tipo de vestimenta, a forma como se portava, como se locomovia… tudo gerou atenção”, afirmou Schettini.
As imagens capturadas mostram Wanderley atirando um artefato explosivo na direção de pessoas que deixavam o STF. Testemunhas relataram o pânico vivido. A advogada Patrícia Pita e seu marido, Roberto Pita, estavam no local no momento do ataque. “Quando ele estava gesticulando muito e gritando, não dava para discernir o que ele falava. O segurança foi para o lado dele, e aí ele gritou alguma coisa, afastando-se correndo de costas”, relatou Patrícia.
Segundo Roberto, a situação tornou-se ainda mais assustadora quando Francisco acendeu um segundo explosivo. “Ele virou para nós e acendeu outra bomba. Aí eu me apavorei”, contou.
Francisco Wanderley foi encontrado morto após a explosão de um dos artefatos que carregava. Além das bombas, investigações apontaram que ele portava um extintor de incêndio cheio de gasolina, um detalhe que, segundo a perícia, demonstrava sua intenção de causar maiores danos.
Quitinete armadilhada e investigações - A investigação revelou que Wanderley alugava uma quitinete em Ceilândia, nos arredores de Brasília, onde outros artefatos explosivos foram encontrados. Imagens da polícia mostram o local aparentemente organizado, mas com etiquetas de alerta como “cuidado” em pontos estratégicos. O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, explicou que o local continha armadilhas montadas para atingir os policiais que realizassem buscas. “Estamos falando aqui de armadilhas para matar investigadores”, destacou Rodrigues.
A dona do imóvel relatou o comportamento incomum de Wanderley, que pagava o aluguel sem frequentar o local. “Ele depositava o dinheiro todo mês, mas não estava aqui. Um dia apareceu do nada, sem avisar”, disse a proprietária, que preferiu não ser identificada.
Contexto e conexão com atos de janeiro - O ministro Alexandre de Moraes relacionou o atentado à tentativa de golpe ocorrida em 8 de janeiro de 2023, destacando que o ataque é mais um capítulo da escalada de violência contra as instituições democráticas no Brasil. Apesar da gravidade da situação, a equipe de segurança do STF considerou a atuação dos sistemas de monitoramento eficaz. “Qualquer pessoa que atravessa a linha azul do perímetro é identificada imediatamente, gerando um alerta para nossa central”, explicou Schettini.
Agora, as investigações se concentram em esclarecer as motivações de Wanderley e eventuais conexões com grupos extremistas. Enquanto isso, a tragédia evitada reforça a importância da tecnologia e do preparo das forças de segurança para proteger as instituições brasileiras.
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