Base de Lula na Câmara cobra fim de contratos bilionários do governo com empresas israelenses
Além de questões de segurança, já que Israel passou a atacar politicamente o Brasil, parlamentares afirmam que os contratos estão 'financiando o massacre' de palestinos em Gaza
247 - Na Câmara dos Deputados, a base aliada ao presidente Lula (PT) cobra o fim de contratos bilionários do governo com empresas israelenses, relata Paulo Cappelli, do Metrópoles. O movimento, encabeçado por parlamentares do PT, PDT, Psol e PCdoB, mira os repasses provenientes do Ministério da Defesa para atender as demandas do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Os governistas alegam que o dinheiro usado para abastecer as Forças Armadas está 'financiando o massacre' de palestinos na Faixa de Gaza. Além disso, há questionamentos sobre a segurança de importar material bélico de Israel em meio aos ataques do governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ao presidente Lula.
O vice-presidente nacional do PT, o deputado federal Washington Quaquá, informou que vai procurar o Ministério das Relações Exteriores para discutir o fim dos repasses. “Israel não tem uma aliança estratégica com o Brasil. É preferível fazer acordos com Itália e França, que são muito próximas do Brasil do ponto de vista militar. A França já faz submarinos conosco. No mercado, tem China, Rússia e, mesmo, os Estados Unidos. Não vejo por que o Brasil deva manter contratos com Israel, que não tem relevância geopolítica para nós. Pelo contrário, só nos traz problemas. E, hoje, é um país genocida”.
Jandira Feghali (PCdoB) também disse que irá procurar o Itamaraty. “Precisamos descobrir quais dos contratos é possível cortar, tanto na questão do fornecimento [se há serviços que apenas Israel pode oferecer] quanto se é possível do ponto de vista administrativo”, explicou.“Nosso Ministério da Defesa tem que estudar alternativas com urgência para não depender de Israel, haja vista que o próprio governo brasileiro criou atritos com o governo israelense. Importar recursos bélicos de Israel, em meio a uma escalada de tensão, gera insegurança. Podemos confiar 100% nesses produtos que estamos recebendo?”, indagou Max Lemos (PDT).
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