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Bolsonaro pede a Moraes devolução de passaporte para ir aos EUA e conversar com Trump

Segundo o ministro do STF, se o político da extrema-direita viajar para o exterior, será um "perigo para o desenvolvimento das investigações criminais"

Jair Bolsonaro (à esq.) e Alexandre de Moraes (Foto: Agência Brasil I Reuters)

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247 - Jair Bolsonaro (PL) pediu ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes a devolução de seu passaporte, para que o político de extrema-direita possa ir aos Estados Unidos conversar com o candidato à presidência norte-americana, Donald Trump (Partido Republicano). De acordo com o magistrado, uma possível viagem do ex-mandatário ao exterior representa um "perigo para o desenvolvimento das investigações criminais". Aliados de Bolsonaro também tentaram pedir a pessoas próximas de Moraes para retirar a tornozeleira eletrônica de seus assessores, apontou uma reportagem desta sexta-feira (11) no jornal O Globo

Investigadores apreenderam o passaporte de Bolsonaro em fevereiro deste ano durante uma operação da Polícia Federal no inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado. Ele ficou hospedado na Embaixada da Hungria, em Brasília, entre os dias 12 e 14 de fevereiro. Não poderia ser preso em uma embaixada estrangeira que o acolheu, porque estaria legalmente fora do alcance das autoridades brasileiras. 

A defesa confirmou que ele passou dois dias hospedado na embaixada da Hungria em Brasília "para manter contatos com autoridades do país amigo". "Nos dias em que esteve hospedado na embaixada magiar [húngara], a convite, o ex-presidente brasileiro conversou com inúmeras autoridades do país amigo, atualizando os cenários políticos das duas nações. Quaisquer outras interpretações que extrapolem as informações aqui repassadas constituem evidente obra ficcional, sem relação com a realidade dos fatos, e são, na prática, mais um rol de fake news".

Em delação premiada, o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que Bolsonaro consultou militares para saber como poderia ser aplicado um golpe de Estado no Brasil. O militar foi ajudante de ordens do político de extrema-direita.

No primeiro semestre de 2024, a Polícia Federal iniciou a Operação Tempus Veritatis ("A hora da Verdade"), com o objetivo de obter mais detalhes do plano golpista e punir os envolvidos no esquema. A tentativa de golpe previa a prisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Entre os alvos da operação estão Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, todos generais e antigos assessores de Jair Bolsonaro.

Críticas ao Judiciário são uma das estratégias de Steve Bannon, 69 anos, que, na última década, tentou fazer partidos de direita chegarem ao poder nos Estados Unidos e em outros países. Em janeiro de 2021, quando Trump perdeu a eleição, vários apoiadores invadiram o Legislativo e acusaram o sistema eleitoral de ser fraudulento.

Bannon, que foi estrategista do ex-presidente Donald Trump, teve um encontro com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos EUA, após o segundo turno da eleição no Brasil, e aconselhou o parlamentar a questionar o resultado da eleição de 2022.

Durante seu governo, Jair Bolsonaro tentou passar para a população a mensagem de que o Judiciário atrapalhava sua gestão, além de defender a participação das Forças Armadas na apuração do resultado da eleição.

Atualmente, Bolsonaro está inelegível após decisão do Tribunal Superior Eleitoral, no ano passado. O motivo foram as fake news em 2022, quando ele acusou, sem provas, que o sistema eleitoral brasileiro não tinha segurança contra fraudes, durante um encontro com embaixadores em Brasília, no Distrito Federal.

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