Carta de Alagoas, com demandas femininas, marca abertura do P20
Segundo o presidente da Câmara, Arthur Lira, a média de representação feminina mundial no Legislativo é de 25%. Nos países do P20, esse índice sobe a 29%
247 - A entrega da Carta de Alagoas, com recomendações de mulheres do P20, marcou a abertura da Cúpula dos Parlamentos. O evento teve início na quarta (6), no Plenário da Câmara dos Deputados. Discussões sobre gênero, raça e sustentabilidade deram o tom das atividades. De acordo com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a média de representação feminina mundial no Legislativo é de 25%. Nos países do P20, esse índice sobe a 29%. Já no Brasil, a representação no Legislativo federal está próxima de 20%, o que seria o maior percentual da história.
O presidente da Câmara comemorou o fato de ter subido de 16% para 18% o índice de prefeitas eleitas nas últimas eleições de outubro. Ele disse que esses resultados são animadores e estimulam a Câmara e o Senado a continuarem aprovando projetos a favor da representatividade feminina na política.
"Não há como falar de combate à fome, à pobreza e à desigualdade se não avançarmos na promoção da igualdade de gênero, da autonomia econômica feminina e da superação do racismo. São condições essenciais para que mulheres possam viver com dignidade e serem livres para ocupar os espaços que desejarem", registrou Lira.
Criado em 2010, o P20 é um espaço de cooperação internacional liderado pelos presidentes dos parlamentos de países do G20, grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia e a União Africana.
A Declaração Final da Carta de Alagoas reúne oito recomendações em três áreas prioritárias:
- justiça climática e desenvolvimento sustentável para mulheres e meninas;
- ampliação da representatividade feminina em espaços decisórios; e
- combate às desigualdades de gênero e promoção da autonomia econômica das mulheres.
A senadora Leila Barros (PDT-DF) afirmou que a primeira reunião do P20 marca um importante avanço na diplomacia parlamentar e permite reforçar o compromisso com o desenvolvimento inclusivo, justo e sustentável no nível global. Segundo a senadora, a reunião de mulheres parlamentares em Maceió destacou questões centrais para promover a inclusão, com a declaração final identificando três áreas prioritárias: a justiça climática e o desenvolvimento sustentável para mulheres e meninas; a ampliação da representatividade feminina em espaços decisórios; e o combate às desigualdades de gênero e a promoção da autonomia econômica das mulheres.
Leila pediu uma reflexão sobre os desafios que cada país enfrenta, como a redução da pobreza e a transição climática sustentável. Ela disse que os impactos das mudanças climáticas recaem de forma desproporcional sobre as mulheres e populações mais vulneráveis. Na visão da senadora, o sucesso do fórum vai ser medido pela capacidade de os parlamentares transformarem as recomendações em soluções práticas.
"Este fórum deve ser o espaço para promover políticas que garantam o acesso igualitário ao emprego, à educação financeira e aos mecanismos de proteção social, criando condições para que as mulheres possam prosperar economicamente", declarou Leila (com agências Câmara e Senado).
❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com redacao@brasil247.com.br.
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: