Correia: 'neofascismo é o motivo do ataque terrorista à PRF e Bolsonaro mira o Supremo para ser tido como 'herói'' (vídeo)
De acordo com o deputado, 'elementos do terrorismo começam a aparecer'
247 - O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) afirmou que os ataques do caminhoneiro bolsonarista Márcio Pinheiro Saldanha contra a Polícia Rodoviária Federal (PRF), no Distrito Federal, foram um ato de terrorismo. O parlamentar afirmou também que Jair Bolsonaro (PL) fez novos ataques verbais ao Supremo Tribunal Federal porque pretende conseguir apoio político e se tornar uma espécie de "herói" supostamente injustiçado pelos juízes da Corte.
"O bolsonarismo é um movimento perigoso, uma vertente neofascista que se cria no Brasil. Não é estranho que elementos do terrorismo comecem a aparecer", disse Correia em vídeo publicado na rede social X.
O caminhoneiro dirigiu embriagado e bateu em viaturas da PRF. Após ser abordado por agentes, Pinheiro Saldanha chegou a revelar que o motivo para as colisões foram o avanço das investigações contra Bolsonaro.
O político da extrema-direita se tornou réu e pode ser condenado a até 39 anos de prisão no inquérito do plano golpista. Outros sete aliados também são réus no processo. Em suas investidas contra o Judiciário, o político de extrema-direita afirmou que o STF manipula normas internas para favorecer interesses políticos e acusou o ministro do Supremo Alexandre de Moraes de atuar com parcialidade no julgamento.
Segundo Correia, "quem sai do julgamento, vira réu, vai atacar as mesmas coisas que o condenam, é porque está buscando algo para se tornar 'herói'". "Em sintonia, o filho dele (Eduardo Bolsonaro) fica atacando e planejando contra o Brasil. É o que Jair Bolsonaro vai querer: fugir do Brasil", complementou o deputado.
O filho de Jair Bolsonaro foi para os EUA em uma tentativa de obter mais apoio da extrema-direita norte-americana e, possivelmente, livrar Jair Bolsonaro da prisão. Uma das estratégias do bolsonarismo é acusar Moraes de politizar o Judiciário.
Em 2025, o governo do presidente dos EUA, Donald Trump (Partido Republicano), tentou uma investida contra Moraes, mas o Judiciário norte-americano rejeitou um pedido de liminar apresentado pela plataforma de vídeos Rumble e pela Trump Media & Technology Group. As empresas não queriam cumprir determinações do magistrado brasileiro, que incluíam a remoção de contas de um apoiador de Bolsonaro de suas plataformas.
Ataques a instituições da Justiça representam uma estratégia do norte-americano Steve Bannon. Em 2022, o estrategista de Donald Trump reuniu-se com Eduardo Bolsonaro e aconselhou o parlamentar a questionar o resultado da eleição.
Em 2023, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) condenou Jair Bolsonaro à inelegibilidade. O motivo foram declarações golpistas após ele afirmar a embaixadores, em Brasília (DF), que o sistema eleitoral brasileiro não tem segurança contra fraudes.
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