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    Defesa de ex-assessor de Moraes diz que obteve acesso a inquérito e que ele irá depor à PF sobre vazamento de mensagens

    'Tendo acesso aos autos, não vejo motivo para que ele não possa dar esclarecimentos. Só ficaria em silêncio se não tivesse acesso', disse a defesa

    (Foto: Reprodução/Facebook)

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    247 - A defesa de Eduardo Tagliaferro, ex-auxiliar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que aparece em mensagens vazadas com o juiz auxiliar do gabinete de Moraes, informou que obteve acesso aos autos do processo e que, por isso, ele disposto a prestar depoimento à Polícia Federal (PF), marcado para esta quinta-feira, às 11h.

    “Tendo acesso aos autos, não vejo motivo para que ele não possa dar esclarecimentos. Ele está bem tranquilo. Só ficaria em silêncio se não tivesse acesso. Tendo conhecimento, vai responder”, afirmou o advogado Eduardo Kuntz à CNN Brasil.

    Segundo a defesa, o material (autos) é físico e está sendo enviado de Brasília para São Paulo. O advogado quer ler o conteúdo, ou pelo menos as justificativas para o depoimento, antes de seu cliente falar. A ex-mulher de Tagliaferro e o ex-cunhado, que entregou o celular dele à polícia, também serão ouvidos.

    A investigação visa apurar como ocorreu o vazamento das conversas. Uma das suspeitas é que o acesso tenha se dado pelo celular de Tagliaferro, que foi apreendido pela Polícia Civil de São Paulo por seis dias, dentro de um processo por violência doméstica.

    A Polícia Federal intimou Eduardo Tagliaferro, sua esposa e seu cunhado, Celso Luiz de Oliveira, para depor na quinta-feira (22) sobre os vazamentos de mensagens de WhatsApp de Tagliaferro que apontam que Moraes teria agido “fora do rito” em investigações envolvendo Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados. 

    A investigação foi aberta a pedido do ministro Alexandre de Moraes após a Folha de S. Paulo divulgar o teor das mensagens de Tagliaferro, que chefiou a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante a presidência de Moraes.Tagliaferro deixou o cargo após ser preso por violência doméstica em maio de 2023, e seu cunhado entregou seu aparelho telefônico à Polícia Civil de São Paulo dias depois.

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