Embaixador de Israel usa evento do Holocausto para elogiar Bolsonaro e criticar Lula
O diplomata Daniel Zonshine reclamou da posição do governo Lula de propor a solução de Dois Estados - um palestino e outro israelense, lado a lado
247 - O embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, fez elogios a Jair Bolsonaro (PL) e criticou o presidente Lula (PT) durante um evento em memória do Holocausto com parlamentares de direita nesta terça-feira (19) no Congresso Nacional, em Brasília (DF). De acordo com o Metrópoles, o diplomata aproveitou para reclamar da posição do governo Lula, que tem condenado o genocídio cometido por Israel na Faixa de Gaza, além de propor a chamada solução de Dois Estados - um Estado palestino e outro israelense, existindo lado a lado.
“Sempre prefiro ouvir coisas a favor que contra Israel”, afirmou Zonshine. “Cada governo tem sua diplomacia. Claro que as coisas mudaram, do governo anterior para este governo. Nossa embaixada tem que conviver com decisões do governo brasileiro nesse sentido”, continuou.
“Esse evento fala sobre Holocausto. Minha chegada aqui foi por causa desse assunto, que a senadora Damares me convidou. É importante manter a memória do Holocausto. (…) O público precisa conhecer para evitar qualquer possibilidade de repetir essa tragédia”, acrescentou.
O Holocausto é um conceito referente aos assassinatos de mais de 6 milhões de judeus no período de 1933 até por volta de 1945. Foi um dos maiores genocídios da história da humanidade. Aconteceu na Alemanha nazista, liderada pelo então ditador Adolf Hitler (1889-1945).
No caso da Faixa de Gaza, números divulgados em janeiro de 2025 pela Agência Central de Estatísticas Palestina apontaram que um total de 45 mil palestinos morreram vítimas dos bombardeios de Israel. Cerca de 100 mil palestinos precisaram deixar o território - essas duas estatísticas estão maiores e serão divulgadas com novos detalhes por autoridades oficiais.
O Tribunal Penal Internacional já emitiu o mandado de prisão do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em novembro de 2024. Mesmo sendo responsável direto pelo genocídio cometido contra palestinos em Gaza, Netanyahu veio reecbendo apoio dos Estados Unidos, aliados históricos de Israel. Em março de 2024, um grupo de 12 senadores republicanos sionistas dos Estados Unidos chegou a fazer ameaças contra o promotor-chefe do TPI, Karim Khan, se ele decidisse avançar com o mandado de prisão para o primeiro-ministro de Israel.
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