Governo considera excessiva a proibição dos “kids pretos”
Quatro militares ligados às chamadas "forças especiais" (FE) foram presos na investigação da PF sobre o plano golpista
247 - O governo federal considera uma medida exagerada a extinção dos “kids pretos”, também conhecidos como "forças especiais" (FE) – militares da ativa ou da reserva do Exército, especialistas em operações especiais. O PSOL anunciou, no final de semana, que irá pedir ao Ministério da Defesa o fim do batalhão das Forças Especiais. Mas, de acordo com informações publicadas na coluna de Gustavo Uribe, o Palácio do Planalto afirmou que, atualmente, o Alto Comando do Exército não tem militares provenientes das "forças especiais".
Quatro militares ligados aos "kids pretos" foram presos este ano durante a investigação da Polícia Federal sobre o plano golpista que ocorreu no governo Jair Bolsonaro (PL): tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, major Rodrigo Bezerra Azevedo, major Rafael Martins de Oliveira e general de brigada Mário Fernandes (na reserva).
A Polícia Federal indiciou 40 pessoas por crimes de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. Entre os indiciados, 25 são ou foram militares. Um dos nomes apontados foi o do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A Procuradoria-Geral da República (PGR) analisa as denúncias feitas pela Polícia Federal e, caso opte por dar continuidade às acusações, o caso será enviado para julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo as investigações, alguns dos envolvidos no plano golpista tinham como objetivo assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes.
Durante seu governo, Bolsonaro buscou convencer a população de que o Judiciário dificultava sua gestão. O ex-presidente também defendeu a participação das Forças Armadas na apuração do resultado das eleições.
Atualmente, o político de extrema-direita está inelegível, após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no ano passado. O motivo foram as declarações golpistas feitas em 2022, quando afirmou a embaixadores, em Brasília (DF), que o sistema eleitoral brasileiro não era seguro contra fraudes. Em novembro de 2022, o TSE multou o PL, partido de Bolsonaro, em R$ 22,9 milhões após a legenda questionar a confiabilidade das urnas eletrônicas.
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