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    Governo Lula enfrenta obstáculos para marcar sabatina de Galípolo para a semana que vem

    Senadores, principalmente da oposição, querem de 20 a 30 dias para discutir a nomeação. Presidente da CAE e do Senado se reúnem para definir uma data

    Gabriel Galípolo (Foto: Washington Costa/MF)

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    247 - O governo do presidente Lula (PT) enfrenta dificuldades para confirmar a data da sabatina de Gabriel Galípolo, indicado para assumir a presidência do Banco Central (BC). A tentativa é de que a arguição ocorra em 10 de setembro na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, mas a proposta encontra resistência entre os senadores, que pedem mais tempo para discutir a nomeação, informa o Metrópoles.

    O senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), presidente da CAE, deve se reunir nesta terça-feira (3) com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para definir uma possível data para a sabatina. Embora o encontro ainda não tenha um horário estabelecido, espera-se que ocorra após a sessão da comissão, agendada para as 10h.

    O governo conta com a leitura do relatório da indicação de Galípolo pelo líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), durante a sessão da CAE nesta terça-feira, como um passo crucial para a marcação da sabatina. Contudo, a resistência entre os parlamentares é evidente, com pedidos de adiamento do processo para um período entre 20 e 30 dias, o que inviabilizaria a realização da sabatina já na próxima semana.

    Essa postura é impulsionada principalmente pelos senadores da oposição, que destacam a proximidade das eleições municipais, marcadas para 6 de outubro, como um fator complicador. A avaliação é que a disputa eleitoral dificulta a mobilização de um bom quórum na CAE, prolongando ainda mais o calendário de apreciação da indicação de Galípolo.

    Caso a sabatina aconteça, a indicação ainda precisará ser votada pela CAE antes de seguir para o plenário do Senado, onde a data de votação ainda não foi definida. O atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, nomeado por Jair Bolsonaro (PL), permanece no cargo até 31 de dezembro, dando margem para que a decisão sobre a nova liderança do BC possa se estender.

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