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    Haddad se reúne com senadores e tenta barrar PEC do Quinquênio, que pode custar R$ 82 bilhões em três anos

    Ministro argumentou que seria temerário aprovar a PEC. Texto prevê aumento salarial de 5% a cada cinco anos de serviço para membros do Judiciário e Ministério Público

    Fernando Haddad (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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    247 - Na noite desta terça-feira (23), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), promoveu um encontro com 18 senadores com o intuito de evitar a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Quinquênio, segundo Julia Duailibi, do g1. O encontro aconteceu na residência do líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), e contou com a presença do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT).

    Durante a reunião, Haddad afirmou que seria temerário aprovar o texto da PEC do Quinquênio, enfatizando a importância de manter a estabilidade econômica. Segundo ele, notícias como o avanço desta PEC afetam a conjuntura econômica do país. O ministro da Fazenda aproveitou a reunião para destacar que a economia está apresentando melhorias. Ele apontou para a semana positiva em relação ao dólar, que recuou após uma sequência de altas.

    Haddad também abordou as incertezas no cenário internacional, as quais impactam diretamente na economia do Brasil. Ele informou que se reuniu com representantes da agência de classificação de risco Moody's e que a agência deve divulgar em breve a nota de crédito do Brasil, a qual tende a ser influenciada por decisões de gastos tomadas pelo Congresso.

    Durante a reunião, Haddad elogiou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e lembrou aos senadores da importância de manter o controle das contas públicas, destacando a necessidade de mostrar que o país está atento a essa questão.

    A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Quinquênio, que prevê aumento salarial de 5% a cada cinco anos de serviço para membros do Judiciário e do Ministério Público, já foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e poderá ser levada ao plenário da Casa para votação em maio. Segundo cálculo feito pela Consultoria de Orçamento, Fiscalização e Controle do Senado, o impacto total da proposta em apenas três anos poderia chegar a quase R$ 82 bilhões.

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