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    Itamaraty presta solidariedade a Cuba após furacão Rafael chegar à ilha caribenha

    A tempestade atravessou o país com ventos de até 185 km/h

    Mauro Vieira (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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    247 - O Ministério das Relações Exteriores do Brasil emitiu uma nota de solidariedade ao povo cubano. O Itamaraty afirmou que teve "consternação" devido à passagem do furacão Rafael por Cuba. A rede elétrica caiu na quarta-feira, depois que a tempestade atravessou Cuba com ventos de até 185 quilômetros por hora, danificando casas, derrubando árvores e postes telefônicos. De acordo com estimativas oficiais, a população de 10 milhões de pessoas chegou a ficar sem eletricidade – o segundo incidente desse tipo em menos de um mês na ilha.

    Segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA), a temporada de furacões do Atlântico, que teve início oficialmente em 1º de junho e termina em 30 de novembro, terá atividade “acima da média”, com entre oito e 13 furacões, incluindo de quatro a sete de grande tamanho. Ao todo, 11 furacões se formaram desde o início do ano: Beryl, Debby, Ernesto, Francine, Helene, Isaac, Kirk, Lesley, Milton, Oscar e Rafael, dos quais Beryl e Milton atingiram a categoria 5, a mais alta na escala de intensidade Saffir-Simpson.

    "O fenômeno climático extremo causou danos materiais de grande envergadura à infraestrutura do país caribenho e ocasionou a queda do sistema elétrico nacional. O desastre natural ocorreu apenas alguns dias após a passagem do furacão Oscar e a emergência energética, o que impõe novos e complexos desafios logísticos e humanitários a Cuba", disse a pasta chefiada por Mauro Vieira. 

    "O Brasil reitera sua plena solidariedade ao governo e ao povo cubanos. Em caso de emergência, recomenda-se aos viajantes brasileiros que se encontram no país contatar o plantão consular da Embaixada do Brasil em Havana: +53 5285-1576".

    Autoridades de Cuba disseram que começaram a restabelecer a energia elétrica no lado leste da ilha, um dia depois de o furacão Rafael derrubar a rede do país, deixando dez milhões de pessoas no escuro. 

    O furacão se dirigiu ao Golfo do México e não é mais uma ameaça a qualquer região de terra, disse o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos, que tem sede em Miami. O furacão Rafael foi o mais recente problema enfrentado pela precária rede elétrica da ilha comunista. O sistema já havia caído várias vezes há duas semanas, deixando muitos habitantes sem eletricidade por dias, o que causou protestos.    

    O Ministério das Minas e Energia disse nesta quinta-feira que está restaurando a eletricidade em regiões do centro e do leste de Cuba, mas alertou que o processo será mais lento em outras regiões da ilha, que foram atingidas de forma mais dura pela tempestade.    

    Havana, capital do país e cidade que tem 2 milhões de habitantes, continua sem energia elétrica nesta quinta-feira. Autoridades não disseram quando ela voltará. As obsoletas usinas a petróleo do país lutam há décadas para manter as luzes acesas na ilha, mas neste ano o sistema entrou em crise depois que caíram as importações do produto vindo de Venezuela, Rússia e México (com Reuters).

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