Malafaia ataca Moraes e diz que o ministro do STF deveria ser preso (vídeo)
O religioso tentou defender o general Walter Braga Netto, indiciado pela PF no inquérito do plano golpista
247 - Apoiador de Jair Bolsonaro (PL), o pastor Silas Malafaia atacou Alexandre de Moraes ao afirmar que a prisão decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) contra o general Walter Braga Netto foi “imoral e ilegal”. Líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, o religioso declarou que o magistrado “deveria ser preso”.
“Onde está que Braga Netto tentou impedir [as investigações]? Isso é uma vergonha, um abuso de poder do ditador da toga [Moraes], para promover a perseguição política", acusou Malafaia, segundo informações publicadas nesta segunda-feira (16) na coluna de Paulo Cappelli.
De acordo com o religioso, o inquérito sobre o plano golpista "foi concluído há mais de dez dias; mais de 30 pessoas foram indiciadas, e o caso foi enviado ao MP [Ministério Público Federal]". "Como alguém pode ser preso agora por obstrução de uma investigação que já foi concluída? Isso é um absurdo. A prisão de Braga Netto é imoral, ilegal e mancha o Judiciário”, afirmou.
Malafaia também criticou o STF, que, segundo ele, estaria “protegendo” Moraes. “O STF deixou de ser Supremo Tribunal Federal para se tornar Supremo Tribunal da Injustiça. Uma confraria de amigos para proteger o ditador da toga, Alexandre de Moraes. Esse sim vem atentando contra o Estado Democrático de Direito. Ele tem que sofrer impeachment e ser preso. Ele preside inquéritos imorais e ilegais, como o da fake news, abuso de poder, usando informações do TSE para abastecer inquéritos no STF com o objetivo de perseguição política.”
As críticas de bolsonaristas ao ministro do STF fazem parte de uma estratégia da extrema-direita brasileira, inspirada na extrema-direita dos Estados Unidos. No Brasil, Bolsonaro e seus aliados tentaram culpar o Judiciário pelos problemas de governabilidade. Partidos de oposição ao governo bolsonarista (2019-2023) denunciaram tentativas de golpe.
A Polícia Federal indiciou Bolsonaro e mais 39 pessoas no inquérito sobre o plano golpista. A Procuradoria-Geral da República (PGR) está analisando o caso e, se confirmar as denúncias da PF, enviará as investigações para julgamento no STF.
As investigações conduzidas pela Polícia Federal apontaram que um dos objetivos dos envolvidos no plano golpista era o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do STF Alexandre de Moraes. Os julgamentos dos indiciados pela PF estão previstos para começar a partir de 2025.
Além da investigação sobre a trama golpista, Bolsonaro foi indiciado pela PF em outros dois inquéritos - fraudes em cartões de vacinação, e venda ilegal de joias que, por lei, devem pertencer ao Estado brasileiro, não podendo ser incorporadas a patrimônio pessoal.
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