Moraes prorroga investigação em caso de ex-assessor e manda ouvir delegada
Investigadores da PF apuram o vazamento de dados do celular de Eduardo Tagliaferro, que foi assessor de Alexandre de Moraes no TSE
247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, decidiu nesta quarta-feira (10) que os investigadores da Polícia Federal terão mais 30 dias para obter mais informações sobre o vazamento de dados do celular de Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do magistrado quando o juiz era presidente do Tribunal Superior Eleitoral (agosto de 2022 a julho de 2024). De acordo com a decisão do STF, os agentes da PF também precisarão ouvir a delegada Jaqueline Menon, da Polícia Civil de São Paulo, que devolveu o aparelho a Tagliaferro após ele ser solto. O celular foi entregue na delegacia de Franco da Rocha, na Grande SP, local diferente de onde ele foi preso.
Segundo informações do jornalista Glenn Greenwald, Moraes pediu informalmente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a produção de relatórios sobre os investigados nos inquéritos das milícias digitais e das fake news, duas investigações que atingem políticos e influenciadores bolsonaristas.
O ministro e a PF também querem que a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo encaminhe cópia do auto de prisão e do boletim de ocorrência por violência doméstica registrado contra Tagliaferro. Segundo a PF, ele teve seus dados alterados.
Pela decisão de Moraes, também será feita uma auditoria interna na Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo sobre o eventual acesso aos dados do aparelho. Moraes atendeu ao pedido da PF.
Sobre as denúncias do jornalista, o gabinete do ministro afirmou que “todos os procedimentos foram oficiais, regulares e estão devidamente documentados nos inquéritos e investigações em curso no STF". Moraes disse haver "integral participação da Procuradoria-Geral da República" nas investigações.
Ex-assessor de Moraes, Eduardo Tagliaferro chefiou a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED), do TSE, no período em que Moraes presidiu a Corte Eleitoral. Ele foi demitido após ser preso, em 9 de maio do ano passado, por violência doméstica. Na ocasião, teve o celular apreendido pela Polícia Civil de São Paulo.
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