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      “Mudanças geopolíticas vão impactar a economia brasileira”, diz Paulo Henrique Costa, presidente do BRB

      Durante fórum empresarial, ele destacou desafios fiscais, inovação tecnológica e oportunidades para o setor financeiro

      Paulo Henrique Costa, presidente do BRB (Foto: Felipe Gonçalves / Lide)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – Em um discurso realizado no fórum empresarial promovido pelo Lide em Zurique, o presidente do Banco Regional de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, destacou os impactos das mudanças geopolíticas recentes, com a posse de Donald Trump nos Estados Unidos, sobre a economia brasileira e o papel estratégico do setor financeiro na recuperação e crescimento do país. Ele apontou que o Brasil enfrenta desafios estruturais significativos, mas também dispõe de oportunidades para alavancar setores-chave, como infraestrutura, transição energética e inclusão financeira.

      “A disciplina fiscal, a necessidade de ancoragem das expectativas do mercado e a reconstrução da credibilidade são fundamentais para que o setor financeiro possa cumprir seu papel de motor da economia”, afirmou Costa. Segundo ele, a ampliação do crédito e o financiamento a setores estratégicos são essenciais para impulsionar o crescimento sustentável.

      Setor financeiro como motor da economia

      Costa elogiou a solidez e a inovação tecnológica do sistema financeiro brasileiro, mas alertou sobre os entraves representados pelas altas taxas de juros. “Não estamos dizendo que a taxa precisa cair imediatamente, mas ela é um condicionante para que o mercado financeiro funcione de forma a irrigar a economia e gerar estímulos necessários”, ressaltou.

      Ele também destacou a importância de aumentar a acessibilidade ao crédito, especialmente para micro e pequenas empresas, que representam 80% dos empregos formais no país, mas têm acesso a apenas 18% do crédito disponível. “Mais inclusão financeira significa mais emprego, renda e consumo, gerando um ciclo virtuoso para a economia”, explicou.

      Transição energética e sustentabilidade

      Outro ponto de destaque foi a transição para uma economia de baixo carbono. Costa enfatizou que o Brasil precisará de R$ 1,3 trilhão para atingir a neutralidade nas emissões de carbono até 2050. “Esse é um desafio enorme, mas também uma oportunidade de crescimento para o setor financeiro, que pode liderar a emissão de títulos verdes e captar recursos para projetos sustentáveis”, afirmou. Ele citou o setor de energia solar como exemplo de sucesso, com R$ 55,5 bilhões investidos e 500 mil empregos gerados apenas no último ano.

      Paulo Roberto Costa também abordou o papel da tecnologia e da educação financeira no avanço do sistema financeiro. Ele destacou iniciativas como o Pix e o Open Finance, que ampliaram a inclusão de milhões de brasileiros. “Mais de 70 milhões de clientes fizeram sua primeira transação digital nos últimos anos. Isso não apenas transforma o setor financeiro, mas também gera impacto direto na vida das pessoas e no desenvolvimento econômico”, disse.

      Além disso, o presidente do BRB apontou o potencial da inteligência artificial para aumentar a produtividade e superar gargalos históricos, como a falta de mão de obra qualificada. “Devemos abraçar a inovação, e não rejeitá-la. A inteligência artificial pode ser uma aliada poderosa para alavancar a economia e transformar setores produtivos”, afirmou.

      BRB em expansão

      Durante sua apresentação, Costa destacou o papel do BRB na ativação econômica, especialmente durante a pandemia. O banco, que antes atuava essencialmente no Distrito Federal, agora está presente em 18 estados e cobre 97% do território nacional. “Investimos R$ 32 bilhões em crédito no Distrito Federal durante a pandemia e colocamos R$ 18 bilhões na construção civil nos últimos anos. Esses números mostram como o setor financeiro pode ser um motor de desenvolvimento”, declarou.

      O discurso de Paulo Henrique Costa ressaltou que, embora o Brasil enfrente desafios estruturais, como a implementação da reforma tributária e a baixa produtividade, há consenso entre os setores público e privado sobre a necessidade de uma agenda estratégica. “Precisamos de equilíbrio fiscal, tecnologia e educação financeira para criar um ambiente favorável ao crescimento sustentável. O setor financeiro tem condições de liderar esse processo”, concluiu. Assista:

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