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    Nas redes sociais, homem-bomba de Brasília convocava militares para "revolução": "te levanta caserna!"

    Francisco Wanderley Luiz incitou militares a dar um golpe de Estado e escolheu data próxima à Proclamação da República para realizar o ataque

    (Foto: ABr)

    247 - Francisco Wanderley Luiz, o homem-bomba que morreu ao realizar um atentado na noite desta quarta-feira (13)  contra o Supremo Tribunal Federal (STF), incitou militares e escolheu data próxima à Proclamação da República para o ataque. Segundo a coluna da jornalista Malu Gaspar, de O Globo, as mensagens chamam a atenção da Polícia Federal para possíveis conexões golpistas. 

    Segundo a reportagem, Francisco já vinha manifestando nas redes sociais ideais golpistas e conclamando apoio militar para uma “revolução”o. Nas postagens, ele chamou militares a se unirem a sua “causa”, destacando que “as armas pesadas estão nas mãos das gazelas saltitantes”. Em um dos textos, ainda incitou diretamente: “Soldado, mostra teu valor!”, acrescentando emojis de caveira.

    Os investigadores da Polícia Federal analisam as publicações e levantam possíveis vínculos do homem-bomba com grupos de militares e com o movimento que buscou realizar um atentado ao aeroporto de Brasília, além das invasões às sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro do ano passado. No texto, Francisco também sugeriu uma “data especial” para o início da “revolução”. 

    “Sugiro a vocês uma data especial para iniciar uma revolução: 15/11/2024. Após este grande acontecimento, vocês poderão comemorar a verdadeira proclamação da República!!!”, disse o extremista. Mais à frente,  ele destacou que “os planos estão na reta final” e que “o jogo acaba em 16/11/2024. Boa sorte!”. 

    “Generais (Freire Gomes) e (Tomás Paiva). Se por acaso for decretado Estado de Sítio, sugiro a vocês que fiquem do lado do povo; Do contrário, a inteligência vai entrar em ação; E esse caso eu só lamento por vocês”, escreveu o homem-bomba em outra postagem.

    Francisco chegou a visitar o STF em agosto deste ano, meses antes do ataque, quando fotografou o plenário e comentou: “Deixaram a raposa entrar dentro do galinheiro… ou não sabem o tamanho das presas ou é burrice mesmo”. Na quarta-feira, ele tentou acessar o STF, mas foi barrado pelos seguranças, o que o levou a acionar os explosivos perto da estátua da Justiça. Após o atentado, que também tirou sua vida, o perfil de Francisco foi retirado do ar pelo Facebook.

    A ex-esposa de Francisco relatou que ele participava de acampamentos golpistas em frente a quartéis em Santa Catarina, onde exaltava símbolos nacionais e fantasias militares. Agora, a Polícia Federal intensifica as buscas por dispositivos eletrônicos e por possíveis financiadores da ação. 

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