Rogério Correia pede a apreensão do passaporte de Eduardo Bolsonaro
'Conspira contra a justiça brasileira', afirmou o deputado do PT sobre os ataques que partiram do parlamentar da extrema-direita contra Alexandre de Moraes
247 - O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) informou pela rede social X que pediu a investigadores um documento solicitando a “apreensão do passaporte de Eduardo Bolsonaro por conspirar contra a justiça e o país”.
“Voltou a defender a Ditadura Militar, proclamar a estratégia de golpe continuado e ameaçou Alexandre Moraes, justificando eventual prisão”, escreveu o parlamentar na rede social X.
Deputado federal do PL-SP, o filho de Jair Bolsonaro atacou o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Em uma publicação crítica à premiação do filme brasileiro "Ainda Estou Aqui" no Oscar, o parlamentar insinuou que há uma “ditadura real” em curso no Brasil e afirmou que “irá punir” Moraes.
O pedido de apreensão de passaporte não ocorre à toa devido às articulações de Eduardo Bolsonaro com a extrema-direita norte-americana. Críticas ao Judiciário é uma estratégia pensada por figuras como o norte-americano Steve Bannon. Em janeiro de 2021, quando Donald Trump perdeu a eleição, vários apoiadores invadiram o Legislativo e acusaram o sistema eleitoral de ser fraudulento, em atos golpistas.
Estrategista de Trump, Bannon teve um encontro com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos EUA após o segundo turno da eleição no Brasil em 2022 e aconselhou o parlamentar a questionar o resultado.
Após a tentativa de golpe em 2022, conforme aponta a denúncia da PGR contra Jair Bolsonaro e seus aliados, vários de seus apoiadores fizeram atos golpistas em 8 de janeiro de 2023, quando invadiram a Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF). O Supremo Tribunal Federal já emitiu 371 condenações. Novos julgamentos acontecerão.
No caso de Eduardo Bolsonaro, o PT, de Rogério Correia, também acionou o Conselho de Ética da Câmara, em fevereiro, para abertura de processo disciplinar contra o deputado da extrema-direita.
O Partido dos Trabalhadores acusou o parlamentar de conspirar nos EUA contra a soberania brasileira. Conforme a representação, o filho do de Bolsonaro tem feito viagens ao território americano para articular com deputados republicanos a análise de um projeto de lei com o objetivo de impedir o ministro do STF Alexandre de Moraes de entrar no país.
Alexandre de Moraes
O ministro do STF tem sido atacado pela extrema-direita brasileira nos últimos anos por ter atuação de destaque em investigações como fake news (milícias digitais), plano golpista, fraudes em cartões de vacinação e venda ilegal de joias.
O magistrado também foi presidente do Tribunal Superior Eleitoral entre 16 de agosto de 2022 a 3 de junho de 2024. Em 2023, o TSE tornou Bolsonaro inelegível por declarações golpistas em 2022, quando ele afirmou a embaixadores, em Brasília (DF), que o sistema eleitoral brasileiro não tem segurança contra fraudes.
A Polícia Federal indiciou Bolsonaro em três inquéritos - trama golpista, venda de joias e fraudes em cartões de vacina. Em 2025, a Procuradoria-Geral da República denunciou o ex-mandatário e mais 33 pessoas por envolvimento no plano golpista.
Antes de a PGR apresentar a denúncia, a PF já havia dito que os participantes do esquema ilegal também tinham como um de seus objetivos os assassinatos do presidente Lula, do vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes. O STF analisa o caso.
Após ter denunciado Bolsonaro no inquérito do plano golpista, a Procuradoria segue analisando outras acusações contra o ex-mandatário, como fraudes em cartões e venda ilegal de joias, dois inquéritos que prejudicar ainda mais a situação jurídicas de Bolsonaro.
“Ainda Estou Aqui”
O filme “Ainda Estou Aqui” levou o prêmio de Melhor Filme Internacional no Oscar 2025. Foi a primeira vez que o Brasil levou o troféu para casa.
Lançado em novembro de 2024, o filme foi assistido por mais de 5 milhões de pessoas no Brasil e rendeu mais de R$ 100 milhões em bilheteria. Antes de vencer o Oscar, em Los Angeles, o filme brasileiro havia recebido 38 prêmios nacionais e internacionais, entre eles, o Prêmio Goya e o Globo de Ouro de Melhor Atriz.
O filme é baseado em uma autobiografia, de mesmo nome, escrita por Marcelo Rubens Paiva. A trama aborda o desaparecimento do político Rubens Paiva, pai de Marcelo Rubens Paiva, durante a ditadura militar (1964-1985) brasileira.
O foco da obra é Eunice Paiva. Casada com Rubens Paiva e mãe de cinco filhos, ela passou a criá-los sozinha quando, em 1971, o marido foi preso, torturado e assassinado por agentes da ditadura.
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