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    Sóstenes diz que ouviu Michelle Bolsonaro e mudará proposta para que mulher não seja presa

    Projeto de sua autoria que equipara o aborto ao homicídio quando feito depois de 22 semanas de gestação

    (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

    247 - O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) vai propor alterações no criminoso projeto de sua autoria que equipara o aborto ao homicídio quando feito depois de 22 semanas de gestação. De acordo com a jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna no jornal Folha de S.Paulo, “ele defende agora que a mulher estuprada que optar por interromper a gravidez nesta fase da gestação não seja mais acusada de cometer crime”.

    De acordo com Bergamo, Sóstenes afirma que a inspiração para a mudança veio da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que divulgou um vídeo nesta semana dizendo que o aborto deveria ser punido sem que a mulher fosse criminalizada. 

    Em outro campo, a deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) apresentou um projeto de lei na Câmara dos Deputados que visa criminalizar os médicos que se recusarem a realizar o aborto legal no Brasil. A proposta surge em meio a uma onda de protestos contra o chamado PL do Estupro, que equipara o aborto realizado após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio. Esse projeto, patrocinado pela bancada evangélica, gerou uma revolta na bancada feminista do Congresso, que tem organizado protestos e proposto maneiras de evitar retrocessos nos direitos reprodutivos das mulheres.

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