Trama golpista: defesa de Braga Netto pede ao STF a devolução de aparelhos apreendidos
Os advogados do general afirmaram que os investigadores da PF já extraíram o conteúdo dos aparelhos
247 - A defesa do general Walter Souza Braga Netto solicitou nesta quarta-feira (15) ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que restitua os aparelhos apreendidos pela Polícia Federal (PF) durante as investigações sobre o plano golpista. Entre os itens estão celular, computador e pendrives. Os advogados afirmaram que os investigadores da PF já extraíram o conteúdo dos aparelhos.
“Consta nos autos que os aparelhos eletrônicos e mídias dos referidos termos de apreensão já tiveram seus conteúdos extraídos. O conteúdo foi utilizado na elaboração do relatório final das investigações, de modo que a manutenção dos aparelhos e mídias apreendidos não mais interessa ao processo, permitindo sua restituição”, afirmou a defesa do militar, ex-vice de Jair Bolsonaro (PL). O relato foi divulgado no Metrópoles.
Preso desde 14 de dezembro do ano passado por obstrução de justiça, Braga Netto foi um dos 40 indiciados no inquérito da trama golpista. De acordo com as investigações, a trama golpista tinha seis núcleos que se dividiram em tarefas preparatórias para a ruptura institucional. O plano também envolvia o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes.
Além de Braga Netto, a PF indiciou nomes como Bolsonaro, Augusto Heleno (ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional) e Paulo Sérgio de Oliveira (ex-titular da Defesa). Também estão entre os indiciados o tenente-coronel Mauro Cid, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o deputado federal, o ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem e Filipe Garcia Martins, ex-assessor da Presidência da República que participou da reunião sobre a minuta de golpe.
Atualmente, Bolsonaro está inelegível após decisão do Tribunal Superior Eleitoral em 2023. O motivo foram as declarações golpistas do então mandatário em 2022, quando ele afirmou a embaixadores, em Brasília (DF), que o sistema eleitoral brasileiro não tem segurança contra fraudes.
Além do inquérito da trama golpista, a PF indiciou Bolsonaro em outras duas investigações: fraudes em cartões de vacinação e venda ilegal de joias, que, por lei, devem pertencer ao Estado brasileiro e não podem ser incorporadas ao patrimônio pessoal. Chefiada por Paulo Gonet, a Procuradoria-Geral da República analisa as informações recebidas pela PF e, se optar pela denúncia, encaminhará as investigações ao STF.
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