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    Consórcio Nordeste assina primeiro contrato comercial de hidrogênio verde no Brasil

    Governadora Fátima Bezerra destaca avanço histórico do Nordeste na produção de energia limpa, impulsionando a reindustrialização sustentável

    Cerimônia de assinatura do primeir contrato comercial de hidrogênio verde do Brasil (Foto: Governo/RN)

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    247 - O Brasil deu um passo crucial na transição energética com a assinatura do primeiro contrato de hidrogênio verde no país. O acordo, firmado entre a CPFL Energia e a Mizu Cimentos com o apoio do Governo do Rio Grande do Norte, foi oficializado em Natal nesta quinta-feira (22). Este marco posiciona o Nordeste como protagonista na produção de energia renovável, consolidando a região como referência global na busca por uma economia de baixo carbono.

    O projeto envolve a implantação de uma planta-piloto para a produção de hidrogênio verde, utilizando energia renovável para alimentar fornos na produção de cimento. A estimativa é que a planta comece a operar em 2027, com expectativa de reduzir até 12,5 toneladas de CO₂ por ano. O investimento inicial gira em torno de R$ 40 milhões, e o desenvolvimento tecnológico será monitorado para avaliar o impacto no setor industrial.

    Para a governadora Fátima Bezerra, presidente do Consórcio Nordeste, este momento representa uma virada histórica para o estado e o país: "Este contrato vai muito além de um simples acordo comercial. Estamos assinando a primeira nota fiscal de hidrogênio verde do Brasil, consolidando nosso compromisso com a transição energética e reafirmando o papel do Nordeste como líder nesse processo."

    Com o apoio da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o projeto de hidrogênio verde no Rio Grande do Norte integra a estratégia do governo estadual e do Consórcio Nordeste para ampliar o uso de fontes renováveis e impulsionar o desenvolvimento sustentável na indústria. A meta é que, até 2030, o hidrogênio verde se torne uma peça-chave no processo de descarbonização e reindustrialização do Brasil.

    O protagonismo do Nordeste nesse movimento se destaca ainda mais com dados recentes que mostram o potencial da região para a produção de hidrogênio verde. Os estados nordestinos possuem projetos que somam 72,8 GW de capacidade de eletrólise, com destaque para o Piauí, Bahia e Ceará. O Rio Grande do Norte, com 5,2 GW em desenvolvimento, reforça sua posição como um dos principais polos de energia limpa do país.

    Além disso, o memorando assinado na semana passada entre o Consórcio Nordeste e a Associação Brasileira da Indústria de Hidrogênio Verde (ABIHV) impulsionou o desenvolvimento de uma cadeia de valor para o hidrogênio verde no Brasil. Fernanda, representante da ABIHV, ressaltou a importância da regulação do setor sancionada pelo presidente Lula: "Estamos atraindo investimentos internacionais, graças à segurança jurídica e ao potencial único do Nordeste para liderar a produção de energia renovável."

    Com o apoio de empresas multinacionais e parcerias estratégicas, a expectativa é que o Nordeste se torne um hub global de hidrogênio verde, gerando empregos, atraindo indústrias e consolidando sua posição no mercado internacional. A assinatura do contrato em Natal é vista como o pontapé inicial para um ciclo de desenvolvimento que promete transformar a economia regional e nacional, sempre com foco na sustentabilidade e na inovação tecnológica.

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