Lula faz novo aceno a Lira e critica vaias ao presidente da Câmara em evento em Maceió

247 - Durante evento em Maceió (AL) nesta sexta-feira (10) para entrega de casas do Residencial Parque da Lagoa, do Minha Casa, Minha Vida, o presidente Lula (PT) fez mais um aceno em direção ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), muito vaiado pelo público que acompanhava o ato. Visivelmente incomodado pelas vaias, Lira chegou a falar em “falta de respeito” durante seu discurso.

O presidente Lula, então, pediu respeito durante “atos institucionais” como o desta sexta-feira. “Essa época do ano é uma época difícil de inaugurar coisa em qualquer lugar do Brasil, porque a gente está em um ano eleitoral. Em um ano eleitoral os partidos começam a fazer movimentação. E esse ato aqui é para homenagear os companheiros do Conjunto Residencial Parque da Lagoa. É um ato institucional. Esse é um ato que não é para fazer a disputa que a gente vai fazer na eleição. Vai ter um momento em que eu vou viajar algumas cidades para apoiar algum candidato, e a gente não vai estar junto em todos os lugares. A gente precisa apenas aprender a respeitar quando o ato é institucional. O ato institucional não tem cor partidária. Se não, fica difícil para um presidente da República viajar para inaugurar coisas, porque as pessoas que vêm aqui são convidadas por nós, e ninguém leva ninguém da sua casa para ser vaiado. É apenas uma questão de comportamento que me incomoda muito”. 

Lula ainda lembrou da importância de Lira na aprovação de projetos do governo federal no Congresso Nacional. “Eu sei das divergências dos partidos políticos aqui. Mas queria dizer para vocês uma coisa: eu só tenho 70 deputados, e a Câmara tem 513. Nós até agora não tivemos um único projeto do governo derrotado. Todos foram aprovados. Até agora nós fizemos uma coisa que poucos cientistas políticos acreditavam que fosse possível fazer: aprovamos uma política de reforma tributária, exercendo a democracia com uma Câmara com muitos deputados que não são do meu partido, mas tiveram a coordenação das lideranças e do presidente Lira para que a gente pudesse acordar pela primeira vez uma política tributária que vai fazer com que os mais ricos paguem Imposto de Renda e os mais pobres não paguem”.