'Mulheres devem ser empoderadas, jamais submissas', diz Lula
Segundo o presidente, 'a mulher não têm que viver com o homem a troco de um prato de comida'
247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou nesta sexta-feira (10) a importância do empoderamento feminino para a redução da desigualdade no Brasil. Durante evento na Bahia, o chefe de Estado ficou emocionado ao contar a história de sua mãe, Dona Lindu (1915-1980).
"Vocês mulheres têm que entender que não podem aceitar o sofrimento de pessoas que batem nela. Não têm que viver com o homem a troco de um prato de comida. Tem que morar com ele porque se gostam. Ninguém pode viver a troco de um prato de comida. A gente quer mais. As mulheres são as que mais sofrem. Os homens não aprenderam a trabalhar no tanque e na cozinha", afirmou Lula no estado, onde foi inaugurar o Hospital Estadual Costa das Baleias e o novo prédio do Núcleo Pedagógico do campus Paulo Freire da Universidade Federal do Sul da Bahia UFSB, em Teixeira de Freitas (BA).
Na cerimônia, o presidente elogiou a ministra da Saúde, Nísia Trindade. "Eu trouxe a Nísia por sua competência e sensibilidade. Ela vai ajudar a consertar esse país", afirmou, acrescentando a relevância de programas sociais voltados para a educação. "Vocês não têm dimensão do orgulho que eu tenho quando encontro um menino ou menina formado pelo ProUni, pelo Fies".
De acordo com números divulgados em março deste ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres ganham, em média, 21% menos que os homens, e a maior desigualdade está nas profissões intelectuais e científicas. Os números são referentes a 2022. O salário médio do homem alcançou R$ 2.920 e o da mulher, R$ 2.303.
O estudo mostrou que as mulheres continuam fazendo bem mais trabalho doméstico do que os homens: são 21,3 horas semanais, quase o dobro do que é dedicado por eles (11,7 horas). O Nordeste é onde tem a maior diferença: 23,5 horas de mulheres ante 11,8 dos homens.
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