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    Artistas sofrem ataque em São Paulo durante pintura de mural em apoio à Palestina

    De acordo com relatos, um homem agrediu equipe e mexeu em cordas que sustentavam artista

    Mural pró-Palestina em São Paulo (Foto: Kleber Pagu/Arquivo Pessoal via BdF)

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    Brasil de Fato - Artistas que participavam da pintura de uma empena de edifício na rua da Consolação, região central de São Paulo, sofreram o que descrevem como um “ataque sionista”, na tarde deste domingo (04/08). De acordo com relatos, um homem se aproximou do trabalho, um mural de quase 30 metros em homenagem ao povo palestino, chutou latas de tinta, agrediu a equipe que estava em solo e chegou a mexer nas cordas que mantinham o artista visual Kleber Pagu no alto da parede.

    A atividade compõe a Jornada Nacional de Muralismo em defesa da Palestina, organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) em diferentes cidades brasileiras. O edifício que recebe o mural é o mesmo que abriga a ocupação Penha Pietra’s, que também compõe a programação política.

    “O que aconteceu foi um ato de intolerância à expressão, uma agressão sionista e ao artista, mas o mais grave é que havia uma pessoa pendurada nas cordas e o agressor forçou aquelas cordas. Ou seja, há um atentado à vida”, apontou o coordenador da Jornada Nacional do MST, Luciano Carvalho.

    O caso foi encaminhado para a 78ª Distrito Policial, no bairro dos Jardins, onde um boletim de ocorrência foi registrado. Até o momento da conclusão desta matéria, porém, a reportagem não conseguiu resposta da Polícia sobre o assunto.


    O artista visual Kleber Pagu, que sofreu a principal agressão, comenta que “em outros momentos existiram xingamentos, carros que buzinavam, mas há uma diferença muito grande quando alguém se aproxima e nos agride. Outro limite foi cruzado”, diz.Uma inauguração da obra estava marcada para as 14h deste domingo. Após o ataque, porém, a programação da tarde foi reformulada para um ato em protesto à violência sofrida pelo grupo. “Vamos terminar a obra e fazer um ato político. Mas vamos precisar de reforços, de seguranças populares para lidar com esse estado de violência”, reforçou Carvalho.

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