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    Biomédica denuncia uso indevido de registro em exame de doador que infectou pacientes com HIV no Rio de Janeiro

    Júlia Moraes de Oliveira Lima afirma que seu registro profissional está inativo

    Transplante de órgãos (Foto: Christopher Furlong)

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    247 - Uma biomédica afirmou que seu número de registro profissional foi utilizado indevidamente em um exame de HIV relacionado a um doador de órgãos, cuja infecção acabou contaminando pacientes transplantados no Rio de Janeiro. As informações foram divulgadas pelo RJ2, da TV Globo, e reproduzidas pelo O Globo. Seis pacientes acabaram contaminados em transplantes feitos no Rio de Janeiro.

    O exame, que atestou negativo para HIV em um dos dois doadores envolvidos no caso, foi emitido pelo Laboratório PCS Lab Saleme e assinado pela técnica Jacqueline Iris Bacellar. No entanto, o número de registro no documento pertence a Júlia Moraes de Oliveira Lima, biomédica que atualmente reside em Recife (PE) e que nunca trabalhou para o laboratório envolvido no erro que resultou na infecção de seis pacientes.

    Júlia relatou que soube da situação por meio de seu marido e ficou "impactada" com a revelação. Em entrevista à TV Globo, a biomédica esclareceu que nunca trabalhou no Rio de Janeiro, tendo atuado apenas em laboratórios particulares de São Paulo, e que seu registro profissional está inativo há pelo menos dois anos devido à falta de pagamento da anuidade. "Faz um tempo que meu registro não está ativo porque não estou pagando a anuidade já que não estou atuando como biomédica", explicou.

    A situação se agravou quando foi descoberto que Jacqueline Iris Bacellar, a técnica que assinou o exame, não possui registro no Conselho Regional de Biomedicina do Rio de Janeiro. De acordo com o conselho, nem Jacqueline nem o Laboratório PCS Saleme têm registros ativos na autarquia.

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