CEO da Enel: 'queremos renovar a concessão para a distribuição de energia no Brasil e em SP'
Dois apagões afetaram mais de cinco milhões de pessoas na Grande SP
247 - O CEO global do grupo italiano Enel, Flavio Cattaneo, afirmou nesta segunda-feira (18) que a empresa tem interesse em renovar a concessão para a distribuição de energia no estado de São Paulo. A companhia apresentou um plano de investimentos de 43 bilhões de euros (R$ 261 bilhões) para o período 2025-2027. Também recordou que o apagão de outubro na Grande SP, com mais de 3 milhões de pessoas sem energia, deu mais prejuízos que o anterior (de novembro de 2023, quando 2,1 milhões de consumidores ficaram sem energia, alguns por até 7 dias). Foram 5,1 milhões de afetados - somatório da população atingida pelos dois apagões.
A Enel possui no Brasil três concessões de distribuição: Enel Ceará, cujo contrato atual vence em 2026, Enel Rio e Enel São Paulo. Os contratos estão previstos para acabar em 2028. De acordo com a empresa, dos 26 bilhões dos 43 bilhões de euros para o período 2025-2027 devem ser destinados ao segmento de “redes”. Não foram relevados dados específicos para o Brasil. Para a América Latina como um todo estão planejados cerca de 6 bilhões de euros (R$ 36 bilhões), acima dos 3,5 bilhões de euros indicados para o período 2024-2026.
“O valor da concessão no Brasil precisa de investimento, e eu confirmei investimento para reter e obter a renovação da concessão”, disse o executivo durante evento com analistas e investidores, em Milão, conforme relatos do jornal O Estado de S.Paulo, publicados no InfoMoney.
O executivo admitiu a necessidade de investimentos para melhorar a qualidade do serviço. “Acho que faz total sentido”, afirmou. “Tem redes que foram construídas 40 ou 50 anos atrás e são bastante obsoletas, requerem grandes investimentos”, disse, sem se referir diretamente ao Brasil.
“Quero salientar que quando Enel conquistou a concessão em São Paulo, depois de uma disputa com outra companhia a espanhola Iberdrola, essa é a situação: essa concessão expira em três ou quatro anos, meu objetivo é renovar essa concessão, isso para preservar o valor do ativo da Enel”, continuou.
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