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    Com o fim da operação de resgate, investigação sobre as causas do acidente aéreo em Vinhedo entra em foco

    A Força Aérea Brasileira estima que um relatório preliminar sobre o caso deve ser concluído em até 30 dias

    Destroços da aeronave que caiu em Vinhedo (SP) (Foto: Reuters/Carla Carniel)

    247 - No início da noite deste sábado (10), as autoridades concluíram o resgate dos corpos das 62 vítimas do acidente aéreo ocorrido na cidade de Vinhedo, interior de São Paulo. O desastre, que envolveu uma aeronave da Voepass, deixou 58 passageiros e quatro tripulantes mortos. O avião caiu na tarde de sexta-feira (9), enquanto realizava um voo entre Cascavel (PR) e Guarulhos (SP).

    O processo de resgate foi finalizado pouco antes das 19h, com a retirada do último corpo dos destroços. Ao todo, 34 vítimas masculinas e 28 femininas foram encaminhadas ao Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo, onde serão identificadas e liberadas para as famílias.

    Com o término das operações de resgate, as atenções se voltam agora para a investigação das causas do acidente, informa a Folha de S. Paulo. A Força Aérea Brasileira (FAB) estima que um relatório preliminar sobre o caso deve ser concluído em até 30 dias. Durante as primeiras horas após a tragédia, dois gravadores de voo, popularmente conhecidos como caixas-pretas, foram recuperados e enviados ao Laboratório de Análise e Leitura de Dados de Voo (Labdata) do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos).

    Os gravadores são essenciais para a investigação: o CVR (Cockpit Voice Recorder) registra as conversas na cabine, enquanto o FDR (Flight Data Recorder) armazena dados técnicos do voo, como altitude e velocidade. A análise dessas informações já começou e deverá continuar de forma ininterrupta, com o objetivo de esclarecer o que levou à queda do avião.

    Especialistas em aviação consultados pela imprensa logo após o acidente especulam sobre possíveis causas. Imagens gravadas por moradores de Vinhedo mostram o avião caindo de forma quase vertical, sugerindo que o piloto pode ter perdido o controle da aeronave. As hipóteses iniciais incluem uma possível perda de sustentação, conhecida como "parafuso chato", ou o acúmulo de gelo nas asas, que teria comprometido a tração.

    Apesar das especulações, até o momento, não há informações conclusivas sobre o que causou o acidente. A Voepass, proprietária da aeronave, informou que ainda aguarda o resultado das investigações. O avião, um ATR-72 fabricado em 2010, estava com todos os certificados de matrícula e aeronavegabilidade em dia, conforme informado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

    A queda em Vinhedo já é considerada um dos dez piores desastres aéreos do Brasil. O acidente traz à memória a tragédia de 17 de julho de 2007, quando um avião da TAM se chocou contra um prédio próximo ao aeroporto de Congonhas, em São Paulo, resultando na morte de 199 pessoas.

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