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    Corregedoria afasta seis policiais civis mencionados por delator do PCC executado no Aeroporto de Guarulhos

    Entre os afastados estão um delegado e cinco investigadores. A Polícia mIlitar também afastou 8 agentes que faziam a escolta de Antônio Vinícius Gritzbach

    Antônio Vinícius Lopes Gritzbach (Foto: Reprodução )

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    247 - A Corregedoria da Polícia Civil afastou, nesta quarta-feira (13), seis agentes da corporação citados no acordo de colaboração firmado pelo empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP). Gritzbach, que era delator do PCC, foi executado com tiros de fuzil na sexta-feira (8) no Aeroporto de Guarulhos

    Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, entre os afastados estão um delegado e cinco investigadores, incluindo Valdenir Paulo de Almeida, o "Xixo", e Valmir Pinheiro, o "Bolsonaro", que já haviam sido presos em setembro durante uma operação da Polícia Federal.

    De acordo com as investigações, os dois policiais foram acusados de receber R$ 800 mil em propina para interromper uma investigação sobre tráfico de drogas. A operação, realizada em parceria com o Ministério Público de São Paulo e a Corregedoria da Polícia Civil, revelou ainda que "Xixo" e "Bolsonaro" teriam desviado e vendido drogas apreendidas durante ações de combate ao tráfico.

    O empresário assassinado havia delatado, em seu acordo de colaboração premiada, a participação de policiais ligados ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), e aos Distritos Policiais 24 (Ermelino Matarazzo) e 30 (Tatuapé) em crimes como corrupção passiva, associação criminosa e concussão.

    Em um dos áudios fornecidos ao Ministério Público, Gritzbach revelou que "Xixo" teria discutido com o advogado Ahmed Hassan, conhecido como Mude, sobre uma recompensa de R$ 3 milhões oferecida pelo PCC para quem matasse o empresário. Essa gravação, feita sem o conhecimento de "Xixo" e do advogado, foi uma das evidências usadas para implicar os policiais.

    Além dos seis agentes da Polícia Civil, ao menos oito policiais militares também foram afastados por estarem envolvidos na escolta de Gritzbach. A delegacia-geral da Polícia Civil determinou que os policiais delatados em depoimento fossem afastados das atividades operacionais e alocados em funções administrativas, conforme comunicado da Secretaria da Segurança Pública.

    A execução de Gritzbach, ocorrida em plena luz do dia, no Terminal 2 do Aeroporto de Guarulhos, deixou também um motorista de aplicativo morto e duas outras pessoas feridas. A Corregedoria da Polícia Civil, que já havia iniciado uma investigação há pelo menos um mês, agora busca compartilhamento de informações sigilosas com o Poder Judiciário para dar continuidade aos procedimentos administrativos disciplinares.

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